Ora Pois https://orapois.blogfolha.uol.com.br Um olhar brasileiro sobre Portugal Mon, 29 Nov 2021 10:25:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pesquisa sobre diplomacia na Amazônia leva prêmio de universidade portuguesa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/12/12/pesquisa-sobre-diplomacia-na-amazonia-leva-premio-de-universidade-portuguesa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/12/12/pesquisa-sobre-diplomacia-na-amazonia-leva-premio-de-universidade-portuguesa/#respond Thu, 12 Dec 2019 16:18:51 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/Paulo-Henrique-Faria-Nune-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1858 Um trabalho brasileiro foi o primeiro vencedor de um novo prêmio da Universidade do Algarve, no sul de Portugal, dedicado à excelência acadêmica. O livro “A Institucionalização da Pan-Amazônia”, de Paulo Henrique Faria Nunes, professor da PUC Goiás, foi escolhido por unanimidade pelo júri.

A obra analisa a necessidade e também as dificuldades do estabelecimento de uma  “diplomacia pan-amazônica”, uma vez que a floresta representa, simultaneamente, um trunfo e a um motivo de preocupação para o país.

Multidisciplinar, o trabalho tem reúne aspectos de várias áreas do conhecimento e mergulha em documentos e estatísticas sobre a região amazônica.

Segundo o  autor, “a produção dedicada ao assunto é pequena e, consequentemente, os problemas da diplomacia pan-amazônica não figuram entre as leituras regulares de estudantes de geografia, ciência política, relações internacionais e direito”.

Uma das integrantes do júri, a escritora Lidia Jorge destacou a complexidade da obra e seu diferencial em apresentar propostas para melhorar a região.

“Há uma proposta de ação explícita: a necessidade absoluta e imperiosa da instauração de instrumentos jurídicos institucionais, que contribuam para uma articulação eficaz entre os oito estados, tendo em vista o desenvolvimento das populações e mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio dos vários ecossistemas cruzados”, afirmou.

Ao aceitar o prêmio, Paulo Henrique Faria Nunes destacou as dificuldades para a atividade dos professores no brasil.

“Nós professores e pesquisadores brasileiros enfrentamos muitos obstáculos para desenvolvermos projetos de investigação, principalmente nas instituições privadas. As universidades brasileiras priorizam exageradamente as atividades do professor em sala de aula e nem sempre estão dispostas a investir na produção do conhecimento”, afirmou.

O PRÊMIO

Criado em comemoração dos 40 anos de fundação da Universidade do Algarve, o prêmio Manuel Gomes Guerreiro –batizado em homenagem ao cientista e primeiro reitor da instituição – teve sua primeira edição em 2019 e será, a partir de agora, anual.

O objetivo é contemplar uma obra publicada, livro ou tese de doutorado, “que contribua para o desenvolvimento científico numa das áreas de conhecimento” da universidade.

A obra vencedora recebe 10 mil euros (cerca de R$ 45,6 mil).

Com mais de 8 mil estudantes, a Universidade do Algarve tem forte presença de estrangeiros: cerca de 23% dos alunos são de fora de Portugal. Embora os estudantes internacionais sejam de 85 nacionalidades diferente, os brasileiros são maioria entre os que vêm do exterior.

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Universidade de Coimbra elimina carne bovina de seus restaurantes https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/09/19/universidade-de-coimbra-elimina-carne-bovina-de-seus-restaurantes/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/09/19/universidade-de-coimbra-elimina-carne-bovina-de-seus-restaurantes/#respond Thu, 19 Sep 2019 11:48:16 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/Universidade_Coimbra-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1784 Alegando preocupações com o meio ambiente, a Universidade de Coimbra –uma das mais antigas do mundo– anunciou que irá banir carne de vaca dos restaurantes e cantinas da instituição. A medida começa a valer em janeiro de 2020.

O anúncio foi feito pelo reitor da universidade, Amílcar Falcão, que destacou o peso da carne bovina nas emissões de gases-estufa que contribuem para as alterações climáticas.

Segundo o reitor, este tipo de carne será substituída “por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal”.

Por ano, a universidade serve cerca de 20 toneladas de carne bovina aos estudantes.

“Eu creio que o maior impacto é a consciencialização das pessoas para o problema. O que é mais dramático é ver os líderes mundiais a não perceberem que está em causa o futuro do planeta e dos nossos jovens, dos nossos filhos e netos, e isso é demasiado preocupante para não alertarmos para o problema, mesmo que sejam pequenos gestos”, disse Falcão.

O reitor também anunciou medidas para reduzir o uso de plásticos e potencializar a reciclagem de resíduos na universidade.

REPERCUSSÃO

A decisão da universidade foi bem recebida por muitos estudantes. Entre especialistas e produtores de carne e leite, porém, houve uma série de críticas.

A Aprolep (Associação dos Produtores de Leite de Portugal) protestou contra a decisão.

“É incompreensível que o Reitor de uma universidade com 700 anos de história queira banir um alimento com milhares de anos e que terá contribuído para o desenvolvimento do cérebro dos nossos antepassados”, disse a associação em resposta à agência Lusa.

Embora bem recebida entre ambientalistas, muitos fizeram também o alerta sobre as substituições à carne, destacando que produtos a base de soja, por exemplo, também têm elevada pegada de carbono. Houve ainda quem criticasse a medida como insuficiente, e sugerisse a eliminação total de qualquer tipo de carne dos menus universitários.

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Portugal terá validação automática de mestrado e doutorado nota 5 na Capes https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/portugal-tera-validacao-automatica-de-mestrado-e-doutorado-nota-5-na-capes/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/portugal-tera-validacao-automatica-de-mestrado-e-doutorado-nota-5-na-capes/#respond Sun, 18 Aug 2019 13:13:33 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/Universidade_Coimbra-320x213.png true https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1754 Em mais uma ação para incentivar a presença de estudantes brasileiros em suas universidades, o governo de Portugal irá conceder validação automática de diplomas de mestrado e doutorado com nota 5 da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

A afirmação foi feita à Folha pelo secretário de Estado do Ensino Superior, João Alberto Sobrinho Teixeira, que afirma que a portaria com a informação deve ser publicada até o fim de agosto.

A avaliação da Capes, órgão vinculado ao ministério da Educação, leva em conta diversos elementos dos programas de pós-graduação do país, incluindo a produtividade acadêmica, e é um dos principais indicadores de qualidade do Ensino Superior brasileiro.

Desde 2009, as normas portuguesas já preveem validação automática de mestrados e doutorados com notas 6 e 7 da Capes –o nível mais alto de avaliação, descrito como “de excelência internacional” pelos responsáveis pela lista.

Devido a uma alteração na lei sobre a validação dos diplomas estrangeiros, em vigor desde janeiro deste ano, a quantidade de pedidos disparou. Até o início de agosto, foram 6.926 requisições, um aumento de 366% em relação ao total de pedidos feitos em 2018.

Problemas

Portugal tem feito, desde 2014, um grande esforço de internacionalização de suas universidades. A nova legislação foi mais um passo nesse sentido, que criou um sistema unificado dos pedidos, que deveria agilizar o andamento dos processos.

Na prática, porém, estudantes internacionais –principalmente os brasileiros, que são mais de 30% dos alunos estrangeiros nas instituições lusas– relatam atrasos e desinformação nos primeiros meses da legislação em vigor.

Embora a norma determine um prazo máximo de 90 dias para a análise, há casos de estudantes que aguardam há muito mais tempo por uma resposta.

O secretário de Estado do Ensino Superior, João Alberto Sobrinho Teixeira, afirmou que as situações de atrasos são pontuais e que a lei tem um balanço positivo, especialmente considerando o aumento expressivo na demanda.

Segundo ele, dos 6.926 pedidos de validação, cerca de 52% estão em análise. Quando considerados apenas os pedidos de reconhecimento automático (que será o caso dos mestrados e doutorados nível 5 da Capes), o número de processos já analisados aumenta para 67%.

Importância

Estudantes brasileiros protestaram, em abril, contra xenofobia nas universidades portuguesas | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Estudantes brasileiros protestaram, em abril, contra xenofobia nas universidades portuguesas | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Os estudantes estrangeiros têm importância cada vez mais estratégica nas universidades portuguesas, que desde 2014 podem cobrar mensalidades mais caras para o público internacional.

Com uma população envelhecida e muitas vagas ociosas nas instituições, Portugal investe cada vez mais na captação de alunos de fora. Nesse sentido, o Brasil é o principal mercado, devido sobretudo à língua.

Na semana passada, o MEC anunciou que mais quatro instituições portuguesas passarão a aceitar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de ingresso. Com isso, já são 41 os estabelecimentos de Ensino Superior de Portugal a reconhecer a prova brasileira.

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Pesquisa sobre uso de saliva na limpeza dá Ig Nobel de química a Portugal https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/09/14/pesquisa-sobre-uso-de-saliva-na-limpeza-da-ig-nobel-de-quimica-a-portugal/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/09/14/pesquisa-sobre-uso-de-saliva-na-limpeza-da-ig-nobel-de-quimica-a-portugal/#respond Fri, 14 Sep 2018 18:56:10 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/Untitled-design-16-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1442 Um trio de pesquisadores de Portugal conquistou na noite de quinta (13) o prêmio Ig Nobel –espécie de Oscar da zoeira científica– de química com um trabalho sobre o potencial de limpeza da saliva humana em superfícies sujas.

Promovida anualmente pela revista “Annals of Improbable Research“, a distinção diz ter o objetivo de destacar pesquisas que “primeiro provocam risos, depois fazem pensar”. Todos os anos, investigações científicas de todo o mundo são indicadas à laurea.

De autoria dos portugueses Paula Romão, Adília Alarcão e César Viana, o artigo “Saliva humana como agente de limpeza para superfícies sujas” fez uma análise científica do milenar hábito de usar um bocadinho de cuspe para remover manchas e impurezas.

O desempenho da saliva foi comparado ao de agentes químicos e, surpreendentemente, levou a melhor sobre eles.

Assim como os outros premiados, os portugueses entraram na brincadeira e prepararam um discurso de aceitação do Ig Nobel.

Os cientistas não estiveram presentes na cerimônia de entrega, nos EUA, mas enviaram um vídeo agradecendo a distinção e avisando que o truque da saliva, embora eficiente em muitos casos, não vale para a limpeza das cozinhas.

A pesquisadora do Museu de Arte de Harvard Francesca Bewer fez no palco uma demonstração em tom de brincadeira, onde limpou parte de uma tela usando um cotonete com saliva.

Como já é tradição, os vencedores também foram contemplados com um valor em dinheiro: uma nota de 10 trilhões de dólares do Zimbábue, que vale alguns poucos centavos da moeda americana.

MAIS QUE BRINCADEIRA

Apesar da atmosfera de brincadeira, o Ig Nobel é levado bem a sério. A cerimônia de entrega acontece no auditório da Universidade Harvard, em Cambridge (EUA), com a presença de muitos vencedores do Nobel original.

E há quem acumule vitória nas duas láureas.

O holandês Andre Geim que venceu o IgNobel de Física no ano 2000 e faturou o Nobel, na mesma categoria, em 2010.

Em 2018, nenhum brasileiro foi contemplado, mas o país já foi representado em outras edições.

No ano passado, por exemplo, o Brasil foi contemplado em duas categorias.

Confira outros vencedores nesta reportagem da Folha.

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Arqueólogos descobrem cemitério medieval em área turística de Lisboa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/arqueologos-descobrem-cemiterio-medieval-em-area-turistica-de-lisboa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/arqueologos-descobrem-cemiterio-medieval-em-area-turistica-de-lisboa/#respond Thu, 09 Aug 2018 13:12:33 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/002ae95535-320x213.jpg https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1402 Um cemitério medieval com cerca de 600 anos foi encontrado em pleno coração de Lisboa, próximo à região do Martim Moniz, uma das mais frequentadas por turistas na cidade.

A descoberta foi feita por arqueólogos durante o processo de instalação de pontos para coleta para lixo reciclável.

Os cientistas já localizaram 20 corpos –19 adultos e apenas uma criança. Eles acreditam que possa haver mais cadáveres nas camadas de terra mais abaixo.

Ao que tudo indica, os lisboetas centenários eram pessoas pobres, uma vez que os corpos foram sepultados diretamente no solo ou envoltos em mortalha.

Corpos foram enterrados diretamente no solo | Foto: Câmara Municipal de Lisboa
Corpos foram enterrados diretamente no solo | Foto: Câmara Municipal de Lisboa

“É um cemitério de gente simples”, diz Vasco Vieira, arqueólogo que dirige a escavação, em declarações ao site da Câmara Municipal de Lisboa.

Um dos indícios para da falta de posses dos mortos ali enterrados é a ausência de moedas.

Apenas um dos corpos trazia consigo uma moeda na mão: uma prática bastante comum nos tempos medievais, quando se acreditava ser necessário “pagar a viagem” para o outro mundo.

 

De acordo com os pesquisadores, o cemitério era tipicamente cristão, com os corpos enterrados seguindo os rituais funerários da época: a cabeça voltada para o Oeste (poente) e os pés, para Leste (nascente).

Segundo a antropóloga Sónia Ferro, que faz parte da equipe de escavações, esse jeito particular de dispor os cadáveres  tinha a ver com a crença de que os mortos iriam se levantar e olhar para o juízo final.

“É tudo muito protopático, simbólico”, resume.

ATRAÇÃO

Mesmo cercada por grades, a escavação arqueológica é facilmente visível para os pedestres, o que tem atraído uma legião de curiosos para as imediações. Turistas e moradores têm enchido os pesquisadores de perguntas e tirado muitas fotos.

A ideia é “permitir que as pessoas participem”, diz o arqueólogo que chefia os trabalhos.

Escavações acontecem em pleno centro histórico | Foto: Câmara Municipal de Lisboa

Nos próximos três anos, os corpos ficaram sob responsabilidade da empresa que retirou o material, para serem estudados. Após esse período, eles seguirão para o Centro de Arqueologia de Lisboa.

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Surto de sarampo já contaminou mais de 80 em Portugal https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/03/31/surto-de-sarampo-ja-contaminou-mais-de-80-em-portugal/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/03/31/surto-de-sarampo-ja-contaminou-mais-de-80-em-portugal/#respond Sun, 01 Apr 2018 00:22:46 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/Untitled-design-1-320x213.png http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1228 Portugal passa em 2018 pelo pior surto de sarampo em mais de uma década. Até esta sexta (30), já foram confirmados 84 casos da doença em todo o país. Há outros 19 sob investigação.

Segundo a Direção Geral da Saúde do país, 71 doentes já estão curados, e apenas um permanece internado.

A maioria dos casos está de alguma forma ligada ao Hospital de Santo António, no Porto, mas já há casos isolados em outros pontos do país, inclusive na capital, Lisboa.

No ano passado, o país já havia enfrentado um surto, mas de menores proporções. Após três anos sem ter nenhum caso de sarampo, em 2016 Portugal voltou a registrar a doença. Foram 29 infecções. Uma jovem de 17 anos, que não havia sido vacinada, acabou morrendo.

O aumento dos casos de sarampo fez ressurgir no país a discussão sobre a obrigatoriedade das vacinas no país.

O debate sobre a obrigatoriedade da imunização, aliás, tem acontecido em boa parte do continente europeu, onde a doença voltou a crescer em 2016 e 2017, além de seguir em expansão também neste ano.

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Portugal terá parque com dinossauros em tamanho real https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2017/12/07/portugal-tera-parque-com-dinossauros-em-tamanho-real/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2017/12/07/portugal-tera-parque-com-dinossauros-em-tamanho-real/#respond Thu, 07 Dec 2017 17:40:39 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/24031193717_e115958c9c_z-180x120.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1100 A região da Lourinhã, no Oeste de Portugal, vai ganhar uma espécie de portal para a pré-história, com a inauguração de um  parque com 120 réplicas de dinossauro em tamanho real.

O espaço terá ainda um museu com exemplares reais de fósseis, muitos deles encontrados na cidade, que foi apelidada de capital portuguesa dos dinossauros.

O empreendimento, que fica a cerca de uma hora de distância de Lisboa, está na reta final de ajustes e deve abrir as portas em fevereiro do ano que vem, bem a tempo do feriado do Carnaval.

Estátuas dos dinossauros já começaram a ser montadas no parque a céu aberto | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Estátuas dos dinossauros já começaram a ser montadas no parque a céu aberto | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A proposta do Dino Parque da Lourinhã é investir na combinação de informação científica sobre os dinossauros e o entretenimento.

Todas as espécies de animais exibidas —há ainda pterossauros, tartarugas pré-históricas e outros bichões já extintos— foram confeccionadas com orientação de cientistas.

A confecção dos modelos ficou a cargo da empresa alemã Dinosaurier-Park International, especialista internacional na produção de modelos de dinossauros para museus e outros espaços.

Lourinhasauros, o maior do parque, tem 23 m de comprimento | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Lourinhasaurus, o maior do parque, tem 23 m de comprimento | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

“Temos um time de paleoartistas que trabalham em conjunto com cientistas para garantir que o resultado final seja o mais preciso possível”, diz o CEO da empresa, Franz-Josef Dickmann, que esteve nesta semana com a imprensa em uma visita ao espaço.

Um dos destaques do parque português são dois dinossauros nativos da região: o gigante Lourinhasaurus e seu contemporâneo Lourinhanosaurus.

Maior modelo do parque, com 23 metros de comprimento e pesando 5 toneladas, o herbívoro Lourinhasaurus era um saurópode que habitou essa região durante o Jurássico Superior, há cerca de 150 milhões de anos.

Já o carnívoro Lourinhanosaurus foi o responsável por alçar a região da Lourinhãmà fama paleontológica internacional. Foi encontrado um ninho, com ovos ainda com embriões, da espécie.

É fácil se render ao charme dos bichos | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
É fácil se render ao charme dos bichos | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Embora não tenha existido na área onde hoje fica Portugal, o tiranossauro rex, provavelmente o dinossauro mais famoso do mundo, também marca presença no parque.

Por enquanto, o modelo em exposição ainda não recebeu uma camada de penas sobre o corpo —sim, os tiranossauros tinham uma penugem, conforme estudos recentes—, mas os responsáveis pelo parque dizem que isso acontecerá em breve.

Tiranossauro rex ainda "careca" sem as penas | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Tiranossauro rex ainda “careca” sem as penas | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A ideia inicial é que os visitantes conheçam as espécies em quatro circuitos distintos, cada um abrangendo um período da pré-história. São cerca de 3 km, completamente acessíveis a cadeiras de rodas, recheados de dinossauros.

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Uma das mais antigas do mundo, Universidade de Coimbra faz 727 anos https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/uma-das-mais-antigas-do-mundo-universidade-de-coimbra-faz-727-anos/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/uma-das-mais-antigas-do-mundo-universidade-de-coimbra-faz-727-anos/#respond Thu, 02 Mar 2017 17:21:07 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/universidadedecoimbra-180x71.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=697 A Universidade de Coimbra completou 727 anos nesta quarta-feira (1º).

Pouca gente sabe, mas a instituição, ironicamente, foi fundada em Lisboa em 1290 —ou seja, 210 anos antes do descobrimento do Brasil. Ela só foi transferida para Coimbra em 1537, por ordem do rei d. João 3º.

Seu belo conjunto arquitetônico atrai visitantes de todo o mundo e, desde 2013, a universidade está na lista da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Há vários pontos lindíssimos, mas o destaque é mesmo a biblioteca Joanina, na famosa faculdade de Direito de Coimbra. Inaugurada em 1728, a biblioteca em estilo barroco costuma figurar nas listas de mais bonitas do mundo.

Biblioteca Joanina tem mais de 70 mil volumes e é reconhecida mundialmente pela beleza | Foto: Josep Renalias/WikiCommons
Biblioteca Joanina tem mais de 70 mil volumes e é reconhecida mundialmente pela beleza | Foto: Josep Renalias/WikiCommons

Atualmente, a Universidade de Coimbra tem cerca de 22 mil alunos, distribuídos em oito faculdades (letras, direito, medicina, ciências e tecnologia, farmácia, economia, psicologia e ciências da educação, ciências do desporto e educação física).

Desses, cerca de 10% são brasileiros —o maior contingente de estrangeiros na instituição, que aceita até o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de ingresso.

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Portugueses querem batizar planeta com nome “Saudade” https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2015/10/14/portugueses-querem-batizar-planeta-com-nome-saudade/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2015/10/14/portugueses-querem-batizar-planeta-com-nome-saudade/#respond Wed, 14 Oct 2015 10:43:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=60 Concepção artística da estrela mu Arae e seus planetas Crédito: Reprodução/IAU
Concepção artística da estrela mu Arae e seus planetas Crédito: Reprodução/IAU

Astrônomos de Portugal criaram uma campanha para batizar um conjunto de planetas fora do Sistema Solar —os chamados exoplanetas— com nomes que homenageiam o país.

A iniciativa faz parte de um concurso mundial promovido pela União Astronômica Internacional para atribuir alcunhas mais charmosas a esses objetos, hoje somente conhecidos por sua complicada nomenclatura técnica.

Os cientistas portugueses querem rebatizar a estrela mu Arae, que fica a cerca de 50,6 anos-luz da Terra, e os quatro planetas que a orbitam.

O sol passaria a se chamar Lusitânia, primeira designação do território que hoje é Portugal. Já o primeiro planeta que foi descoberto no sistema seria Caravela, embarcação que é símbolo das grandes navegações.

O segundo, que tem massa equivalente a 10,6 vezes a da Terra, seria o Adamastor: uma referência ao mito do monstro marinho gigante que impedia os navegadores de cruzarem o  antigo Cabo das Tormentas, hoje Cabo da Boa Esperança (África do Sul).

O nome do terceiro planeta, Esperança, tem dois significados, conforme os cientistas.

“Expressa tanto o sentimento dos portugueses durante a era dos descobrimentos quanto o novo nome dado ao antigo Cabo das Tormentas depois que o explorador português Bartolomeu Dias finalmente o cruzou, derrotando Adamastor”.

O maior e mais distante planeta do sistema, com massa de 576,5 Terras, chamaria-se Saudade, em referência ao sentimento em si e à ligação que a saudade tem com o fado, “um gênero de musica típico de Portugal, recentemente escolhido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco”, diz o texto.

Homenagem aos navegadores --aqui mesmo na Terra-- em Belém, Lisboa Crédito: Giuliana Miranda
Homenagem aos navegadores –aqui mesmo na Terra– em Belém, Lisboa Crédito: Giuliana Miranda

PLANETAS HABITÁVEIS

O conjunto escolhido pelos portugueses é cientificamente bem interessante e guarda similaridades com o nosso próprio Sistema Solar. Além das órbitas parecidas com as de Mercúrio, Terra, Marte e Júpiter, dois dos planetas estão na chamada zona habitável. Ou seja: com possibilidade de água líquida e do desenvolvimento de vida.

O astrônomo Nuno Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Universidade do Porto, teve um papel fundamental na caracterização do sistema. Para homenageá-lo, o Planetário do Porto apresentou a candidatura para batizar os novos planetas.

A votação, que comemora os 20 anos da descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar, está aberta até o dia 31 de outubro e há outros concorrentes fortes.

Um grupo espanhol tenta batizar os mesmos planetas com referências ao escritor Miguel de Cervantes. A estrela levaria o nome do autor e, os planetas, o dos protagonistas de sua obra mais conhecida: Quixote, Dulcinea, Rocinante e Sancho. Além deles, japoneses, colombianos e outros grupos também estão no páreo.

No site da campanha, os cientistas portugueses dão mais detalhes do projeto. 

Ficou com vontade de votar? É só clicar aqui.

Você acha que Portugal tem chances de ganhar essa? Pelo que eu vi, os demais concorrentes também são fortes e o desfecho ainda está imprevisível.

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