Para ajudar quem quer conhecer um pouco mais das obras na capital portuguesas –e de municípios vizinhos que compõem a Região Metropolitana de Lisboa–, foi criada uma nova rota que destaca trabalhos representativos.
Em tempos de pandemia e de restrições às viagens, é possível conhecer um pouco do roteiro através de um vídeo especial feito pelo órgão de promoção turística de Lisboa.
As obras são assinadas por alguns dos principais artistas plásticos lusos da atualidade, como Vihls e Bordalo II.
O roteiro passa pelo centro da cidade, mas inclui também bairros menos visitados pelos turistas, como o Lumiar e Marvila.
O panorâmico de Monsanto –um mirante instalado no prédio de um antigo restaurante abandonado– é um dos destaques, concentrando diversos trabalhos.
É lá que fica o painel em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco, assinado pelo português Vihls.
A rota de arte urbana passa ainda pela Amadora, município vizinho à capital, que nos últimos anos tem se consolidado como “capital da banda desenhada [histórias em quadrinhos, em português lusitano]”.
Com seus grandes murais, a região do Barreiro, do outro lado do rio Tejo, também se consolidou como point artístico e tem suas instalações incluídas no programa.
Coloridos, monocromáticos, tridimensionais, políticos, eróticos, hiper-realistas ou fantasiosos: há para todos os gostos.
A lista completa de artistas do roteiro: Cix, Daniel Eime, Ergo Bandits, Felipe Pantone, Frederico Draw, Godmess, Gonçalo Mar, Hazul, Margarida Fleming, Maria Imaginário, Mário Belém, Medianeras, Patrícia Mariano, Odeith, Samina, Sara Morais, Slap Sktr, Smile, Tamara Alves, Third, Vanessa Teodoro, Kruella D’Enfer, e Associação Portuguesa de Arte Urbana.
]]>Deixo aqui a sugestão de onze museus e monumentos portugueses que valem a a visita, seja ela virtual ou física.
1. Museu do Azulejo
Um dos principais museus de Portugal, é inteiramente dedicado à fascinante arte feita nesses belos quadradinhos.
A versão virtual da visita ao espaço inclui um panorama abrangente da arte da azulejaria, desde os primeiros desejos e sua influência moura, até trabalhos contemporâneos.
Vale a pena também conhecer em detalhe o grande painel de azulejos que retrata a paisagem de Lisboa antes do grande terremoto que destruiu a capital, em 1755.
2. Palácio da Pena
Conhecido pela fachada colorida e pela vista de tirar o fôlego, este belo palácio é um dos principais exemplos do Romantismo europeu. O palácio foi classificado como patrimônio mundial da Unesco em 1995.
O extravagante exterior é resultado do gosto de d. Fernando 2º, que quis sua residência com ares de castelo, com direito a torres de vigia e até uma ponte levadiça.
A visita virtual inclui os principais aposentos e ainda um vídeo que mostra o belo jardim que o circunda.
3. Museu dos Coches
Um dos mais visitados do país, este museu impressiona pela quantidade de carruagens com elevado valor histórico. O acervo é um verdadeiro mergulho nos hábitos de transporte da realeza (e também dos plebeus) durante vários séculos.
Foi inaugurado em 1905, pela rainha d. Amélia, mas agora funciona em um novo e moderno edifício, em Belém, projetado pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha.
A versão virtual da visita é bastante caprichada. Feita em 4D, simula a experiência real do visitante dentro das exposições.
4. Torre de Belém
Um dos cartões postais mais famosos de Portugal e patrimônio da Unesco, a Torre de Belém foi construída entre 1514 e 1520, originalmente com uma função de defesa em uma posição estratégica no rio Tejo.
Os detalhes imponentes de sua arquitetura manuelina podem ser conhecidos na visita online, disponível na plataforma de arte e cultura do Google.
5 . Museu do fado
Inteiramente dedicado à música, o Museu do Fado permite mergulhar na história e nas curiosidades sobre este tradicional gênero português, inicialmente associado à vida boêmia e a prostituição.
Para o período de isolamento social, o site do museu preparou uma programação especial.
Além do tour, é possível conhecer a biografia dos principais nomes do fado e ainda curtir um enorme acervo de canções, que vão muito além daquelas imortalizadas por Amália Rodrigues.
6. Museu Calouste Gulbenkian
Um passeio em 360º por um dos maiores acervos privados de Portugal.
Há duas grandes mostra. Na coleção do fundador, objetos oriundos do Egito Antigo, do Oriente Médio e obras de artistas como Rembrandt, Turner, Monet e Rodin.
Já a coleção moderna agrega alguns dos principais nomes da arte moderna e contemporânia de Portugal, incluindo trabalhos de Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Paula Rego e Vieira da Silva.
7. Mosteiro dos Jerónimos
Um dos grandes símbolos da era das navegações lusitanas, o Mosteiro dos Jerónimos ocupa quase um quarteirão com sua imponente arquitetura manuelina, repleta de detalhes na fachada e no interior,
A visita virtual é compacta, mas permite conhecer o essencial do interior do mosteiro.
8. Palácio de Queluz
Construído na segunda metade do século 18, este belo palácio fica entre Lisboa e Sintra e serviu como da família real portuguesa de 1794 até sua fuga para o Brasil.
Os amplos aposentos e a arquitetura rococó e neoclássica conferem uma aura de luxo à construção, que é decorada ainda por grandes painéis e cercada de esculturas, lagos e um imponente jardim.
O tour virtual permite conhecer as principais áreas do palácio.
9. Palácio e convento de Mafra
A imponente construção, classificada como patrimônio mundial da Unesco, está disponível para visita na plataforma de museus do Google. A biblioteca de Mafra costuma figurar em várias listas das mais bonitas do mundo.
Na visita virtual, é possível conhecer os principais espaços do palácio e do convento.
10. MAAT
O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia se destaca pelas exposições temporárias provocadoras e repletas de instalações e performances.
Para este período de distanciamento social, o Maat preparou uma programação virtual especial, com direito a uma visita imersiva à mostra de Gabriel Abrantes.
11. News Museum
Dedicado à cobertura jornalística, o News Museum é uma experiência interativa que reúne centenas de gravações de rádio e televisão, bem capas de revista, jornais e outros registros de importantes momentos históricos.
A visita virtual não permite a mesma interação, mas mostra um pouco do panorama dos registros feitos pelo jornalismo.
]]>A partir de 30 projetos idealizados entre 1954 e 2019 –alguns jamais saídos do papel–, a exposição percorre a trajetória do arquiteto de maneira ampla, desde sua formação até o amadurecimento de seu estilo autoral.
O material é diversificado, incluindo maquetes, fotografias detalhadas, plantas e esboços originais de algumas das principais obras de Álvaro Siza Vieira, como o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, a sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o famoso prédio Bonjour Tristesse, em Berlim.
O próprio prédio do Museu de Serralves, aliás, foi projetado por ele.
Curador da mostra, Nuno Grande destaca a riqueza presente nos cadernos de esboços do arquiteto, onde ele registrou em detalhes observações e ideias para alguns de seus principais trabalhos. Segundo o curador, este material permite mostrar a inquietude e a “indisciplina na disciplina” de Álvaro Siza Vieira.
Em conversa com jornalistas antes da inauguração da exposição, o arquiteto destacou o fato de seus projetos mais recentes serem na Ásia, sobretudo na China. “Aqui a manutenção de um atelier de arquitetura é impossível. Lá tem corrido bem. Pagam, e respeitam os projetos”, disse.
Na parte final da mostra há ainda uma seleção de fotografias feitas por fotógrafos que têm uma relação de amizade com Álvaro Siza Vieira.
Também é possível conferir uma sala recheada de retratos pessoais do arquiteto, incluindo registros de sua infância e vida em família. Uma pequena televisão instalada no espaço exibe seu discurso na cerimônia do prêmio Pritzker, em 1992.
Serviço
Álvaro Siza – In/Disciplina
Em cartaz até 2 de fevereiro de 2020
Museu de Arte Contemporrânea de Serralves
Rua D. João de Castro, 210, Porto, Portugal
Ingressos a partir de 12 euros (R$ 53)
Uma exposição em São Paulo, no entanto, quer desfazer esta imagem, apresentando trabalhos modernos e criativos elaborados atualmente por artesãos lusitanos.
A mostra “Portugal Manual: o artesanato em transformação”, fica em cartaz entre os dias 23 e 27 de março no Consulado de Portugal na capital, e depois segue para o shopping Morumbi, onde permanece entre os dias 28 de março e 7 de abril.
Na exposição, é possível conhecer mais de 25 marcas que atualizam as tradicionais artes portuguesas, com elementos que vão desde a cortiça e a madeira até ouro e cerâmica.
“É difícil escolher um trabalho favorito, são todos muito especiais”, diz a curadora da exposição, Filipa Belo, portuguesa radicada em Brasília.
“O novo artesão [português] está mais virado para o design. Há ofícios que estão a ficar obsoletos, mas eles fazem encontros dessas antigas técnicas com o moderno design do produto”, completa.
Entre as peças apresentadas, há desde móveis até roupas.
As peças da Sugo revisitam um dos materiais portugueses mais conhecidos dos brasileiros, a cortiça.
Uma das marcas mais surpreendentes é A Capucha, que deu uma pegada fashion às tradicionais capas lusitanas.
Segundo a curadora, a seleção de peças privilegia artistas que voltaram às raízes e ousaram apostar numa produção artesanal de qualidade, recuperando materiais tradicionais para criarem peças contemporâneas e desenvolvendo uma produção em pequena escala mas com recurso a tecnologias contemporâneas, numa perspectiva empreendedora que promove um consumo sustentável.
“Portugal Manual: o artesanato em transformação”
De 28 de março a 7 de abril
Morumbi Shopping, Casa Manual, no piso térreo
Av. Roque Petroni Júnior, 1089
Grátis
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Depois que o homem de 60 anos despencou de uma altura de 3,3 metros na inusitada obra de arte –que acabou ganhando o apelido de “buraco de desenho animado” graças à semelhança com os artefatos presentes nas animações como “Papaléguas”–, houve um aumento de interesse significativo pela mostra e, principalmente, pelo trabalho em questão.
A fundação não divulga números, mas entre os funcionários do museu, esta percepção é generalizada.
“Acho que aumentou bastante. Houve quem tenha dito ter vindo à exposição só para ver esta obra. Até de Israel”, conta Filipe Brandão, um dos assistentes que controla a entrada no espaço onde está vão.
Por medida de segurança, apenas quatro pessoas podem visitar a obra por vez. Todas têm de assinar um termo de responsabilidade e apresentar um documento de identificação na porta.
Menores de 16 anos também estão vetados e, quem tem menos de 18, só pode ir se estiver acompanhado de um responsável.
Uma vez perto da obra, não se pode ficar a menos de 50 centímetros da cavidade.
“Como todas as peças dele, é uma obra que confunde. Há sempre esse jogo óptico, de ilusão”, comenta Marta Almeida, diretora-adjunta de Serralves e produtora da exposição.
As medidas de segurança, segundo a direção do museu, já existiam antes do acidente, mas foram reforçadas. O turista acidentado, que teve apenas ferimentos leves, teria ignorado a sinalização de aviso e entrado sem a presença do assistente, contrariando as regras.
BURACO ARTÍSTICO
Famoso por suas obras que brincam com ilusão de óptica e perspectiva, o artista britânico Anish Kapoor usou um tipo especial de pigmento que praticamente não reflete a luz ambiente. Com isso, o buraco de mais de um metro de diâmetro parece uma mera pintura negra sobre o solo.
Batizada com o sugestivo nome de “Descida para o Limbo”, a instalação foi criada em 1992 pelo artista britânico nascido na Índia.
Considerado um dos maiores nomes da arte contemporânea, Kapoor é muito mais do que o buraco. Em sua primeira exposição individual em Portugal, a Fundação de Serralves, referência mundial na área, fez um apanhado abrangente do artista.
“Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências” fica em cartaz até janeiro de 2019 e traz também trabalhos inéditos do artista.
Construída em vermelho chamativo, a peça “Sectional Body preparing for Monadic Singularity” foi apresentada ao público na Bienal de Versalhes de 2015 e é um dos destaques da mostra.
Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências
De 6 de julho de 2018 a 6 de janeiro de 2019
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Valor: 10 € , grátis para menores de 12 anos e no 1º domingo do mês (das 10h às 13h)
Trata-se da maior edição do já tradicional evento “Experimenta Portugal”, promovido anualmente pelo Consulado-Geral português no estado.
Idealizado como forma de promover um intercâmbio entre as tradições lusas e os brasileiros, o “Experimenta Portugal” vai começar celebrando o dia internacional da língua portuguesa (comemorado em 5 de maio).
Maior cidade lusófona do mundo —com 12,11 milhões de habitantes, São Paulo tem mais gente do que Portugal inteiro—, a capital paulista terá mais de 15 atrações abertas ao público, espalhadas por diversos espaços culturais.
“A cada ano alargamos o nosso calendário e a oferta de eventos, e esta será a maior de todas as edições do Experimenta desde a criação desta chancela paulistana em 2014”, afirma Paulo Lourenço, cônsul-geral de Portugal em São Paulo.
PROGRAMAÇÃO
A maratona de eventos começa na próxima sexta, 4 de maio, com um seminário sobre o filósofo e escritor português Agostinho da Silva, que acontece no consulao.
Além de palestras literárias, a programação do mês de maio ainda inclui o “Prove Portugal”, evento que promove um intercâmbio entre chefs portugueses e brasileiros, o Cine Lusco Fusco, ciclo de cinema realizado no consulado, e o 1º Festival Luso Brasileiro de Comédia, com comediantes dos dois países se reunindo na Unibes Cultural.
No chamado Dia de Portugal, comemorado em 10 de junho e feriado nacional para os lusitanos, o consulado abre as portas para o hasteamento da bandeira nacional. Outra atração do dia será uma apresentação do rapper e professor de português Vinicius Terra. Além desse, mais dois shows acontecerão no mês: Miguel Araújo se apresenta com Marcelo Jeneci na Sala São Paulo (16 de junho), e a banda portuguesa Senza faz seu som na Unibes Cultural (18 de junho).
Ao longo do mês, há espaço para mais cinema, com uma ampla programação de filmes portugueses no Ciclo de Cinema SP Cine (16 a 23 de junho).
Os muitos amantes dos vinhos portugueses também saúdam o retorno do evento “Vinhos de Portugal”, maior evento luso-brasileiro de enologia, que acontece no shopping JK Iguatemi entre 8 e 10 de junho.
Outro destaque da programação é a inauguração num espaço público de São Paulo de obra do artista plástico Bordalo II, famoso por suas obras de arte urbana a partir do lixo e materiais descartado.
A programação completa estará em breve no Consulado de Portugal em São Paulo: http://consuladoportugalsp.org.br/
Autoridades agora avaliam se a obra, uma representação de são Miguel Arcanjo sem autor definido, mas feita em um ateliê lisboeta, pode ser restaurada.
O incidente reacendeu uma polêmica sobre a falta de recursos e pessoal dos aparelhos culturais portugueses diante da explosão de turistas dos últimos anos. No início do ano, o diretor precisamente do Museu de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, criticou publicamente o descaso com o patrimônio e afirmando que “de certeza absoluta que um dia destes há uma calamidade no museu”.
Pimentel reclamou que seu museu — um dos mais importantes do país, com 82 salas— tinha apenas 20 vigilantes, quando seriam necessários mais do que o dobro: pelo menos 50. Uma declaração que não caiu bem com a pasta da Cultura.
No domingo à noite, o Ministério da Cultura divulgou uma nota afirmando que havia um vigilante na sala no momento do acidente:
“O acidente correu quando o visitante, estando a fotografar uma outra obra, recuou sem olhar, não parou apesar dos alertas do vigilante, e foi contra a peça que se encontrava em cima de um plinto”.
Ironicamente, esta não é a primeira estátua centenária despedaçada devido à ânsia fotográfica na capital lisboeta. Em maio, um visitante escalou a fachada da histórica estação do Rossio para tirar uma selfie e acabou derrubando e quebrando uma escultura do século 18 que retratava d. Sebastião, rei de Portugal.
A situação já tem levantado discussões sobre a preservação do patrimônio.
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Mais Ora Pois!
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O blog também está no Instagram: @orapoisblog. Por lá você encontra belas imagens e muitas dicas de Portugal.
]]>Incomodada com essa situação, uma jovem designer do Porto, no Norte do país, resolveu usar sua criatividade para chamar a atenção para a degradação dos azulejos.
Batizado de “Preencher Vazios”, o projeto usa artes plásticas e poesia para ocupar os buracos causados pela ausência das peças de cerâmica.
“O projeto surgiu em um dia que fazia o meu percurso habitual no Porto e estava sempre a ver a mesma fachada sem azulejos. Comecei a reparar naquilo todos os dias e começou-me a indignar o fato de ninguém fazer nada para a revestir. Naquele espaço vazio queria colocar algo que chamasse a atenção para este problema – porque sei que nem todas as pessoas reparam nisso”, explica Joana Abreu, 23, idealizadora das intervenções.
O processo de confecção é verdadeiramente artístico. Após identificar a área em que vai instalar seus painéis, Joana bate uma foto dos azulejos originais que ainda existem e tira as medidas do espaço vazio. A fotografia é então editada no Photoshop para ter suas cores alteradas e é impressa em papel 80g.
O padrão impresso é então colado em placas de madeira recortadas segundo as medidas dos “buracos” dos azulejos faltantes. Por fim, o material leva uma camada de revestimento acrílico e é finalmente colado à fachada degradada.
Os “azulejos” estilizados por Joana também ganham frases de escritores portugueses, como José Saramago e Fernando Pessoa, o que garante ainda mais charme às intervenções.
O “Preencher Vazios” começou no Porto, onde há mais de duas dezenas de intervenções, e também se expandiu para Braga e, mais recentemente, Lisboa. Segundo a artista, a capital portuguesa deve receber novas ações em breve.
“As intervenções que faço são efêmeras, não se pode saber ao certo quanto tempo duram na cidade. Os azulejos estão bem fixos na parede, mas quem rouba os verdadeiros também consegue arrancar estes facilmente. Algumas já estão desde o ano passado e continuam intactas, outras aos poucos começam a desaparecer. A intervenção “o Porto não é um lugar, é um sentimento” em Cedofeita, uma rua muito movimentada no Porto, superou muito as minhas expectativas, pois pensei que ela não fosse durar muito tempo e resistiu cerca de 6 meses! Acho que pelo fato de as pessoas identificarem-se muito com a frase foi o que a fez resistir”, comenta Joana.
Apesar da repercussão do projeto, a artista ainda não tem qualquer patrocínio ou apoio, e arca com todos os custos das intervenções.
“Gostaria de arranjar patrocínios ou alguma bolsa relacionada com a cultura para que possa fazer intervenções com mais frequência. As próximas intervenções em Lisboa vão ser mais alargadas e ando a ver se alguma empresa/entidade me patrocina as colas por exemplo, para colar os azulejos na parede”.
Todas as obras instaladas por Joana têm a hashtag #preenchervazios, o que permite que o próprio público produza conteúdo e acompanhe o estado do material.
A artista mantém um perfil no Instagram e uma página no Facebook onde compartilha imagens do projeto e explica onde eles podem ser encontrados.
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