Ora Pois https://orapois.blogfolha.uol.com.br Um olhar brasileiro sobre Portugal Mon, 29 Nov 2021 10:25:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Portugal identifica 13 casos da variante ômicron, todos relacionados a time de futebol https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/11/29/portugal-identifica-13-casos-da-variante-omicron-todos-relacionados-a-time-de-futebol/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/11/29/portugal-identifica-13-casos-da-variante-omicron-todos-relacionados-a-time-de-futebol/#respond Mon, 29 Nov 2021 10:19:51 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/1614806866603fff52b3a90_1614806866_3x2_rt-320x213.jpg https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2635 Portugal confirmou, na manhã desta segunda-feira (29), seus primeiros casos da variante ômicron do novo coronavírus. Foram 13 casos de uma vez só: todos em jogadores e na equipe técnica de um time da primeira divisão do campeonato de futebol, o Belenenses SAD.

A informação foi confirmada pela DGS (Direção-Geral da Saúde). As autoridades determinaram o isolamento profilático dos infectados.

As autoridades de saúde portuguesas afirmaram que vão intensificar o monitoramento de casos e o rastreio de contatos.

Identificada primeiro por cientistas da África do Sul, a variante ômicron do SARS-CoV-2 tem mais mutações do que as cepas anteriormente conhecidas do vírus. Na semana passada, ela foi considerada como uma variante de interesse pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Reportagem do jornal esportivo A Bola cita que um dos jogadores do Belenenses SAD regressara havia pouco tempo precisamente da África do Sul.

Por conta da nova variante, e antes mesmo da confirmação de casos no país, Portugal  já havia cancelado todos o voos com origem ou destino em Moçambique, ex-colônia portuguesa que é vizinha da África do Sul, além de decretar quarentena para passageiros com origem em vários países do sul do continente africano.

POLÊMICA

A revelação dos casos de ômicron nos atletas acontece após um jogo repleto de polêmicas no último sábado (27).

Ainda antes da partida, um monitoramento de rotina feito pelo Belenenses SAD identificou a presença dos casos positivos no plantel e na equipe técnica. Ainda assim, o jogo contra o Benfica foi mantido.

Pelas regras atuais, a Covid-19 é equiparada a uma lesão. Portanto, se houver ao menos oito jogadores em condições de jogo, as partidas devem acontecer.

O Belenenses SAD apresentou-se para a partida com apenas nove jogadores, sendo a maioria da equipe sub-23.

Também com Covid-19, o técnico foi outro desfalque no confronto.

O primeiro tempo acabou com o Benfica goleando por 7 a 0. O jogo foi interrompido por aí e não houve continuação após o intervalo.

Em declarações à imprensa após a partida, ambos os clubes responsabilizaram a organização do campeonato português pela realização do jogo.

“Queria essencialmente lamentar o que aconteceu hoje. (…)  Não nos agradou de forma nenhuma entrar em campo nestas condições. O Benfica foi, assim como o Belenenses SAD, obrigado a entrar em campo. As duas entidades responsáveis não adiaram o jogo, não seria o Benfica a fazê-lo também”, disse o presidente do Benfica, Rui Costa.

Em declarações à agência Lusa, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) afirmou que “não houve nenhum pedido formal”. Há uma reunião de emergência marcada para discutir o assunto.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou, em entrevista à rádio TSF, que os jogadores do Benfica que participaram do jogo também devem ser testados, uma vez que se trata de uma variante nova e há medidas adicionais de precaução.

 

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Variante delta já é responsável por mais de 60% dos casos em Lisboa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/variante-delta-ja-e-responsavel-por-mais-de-60-dos-casos-em-lisboa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/variante-delta-ja-e-responsavel-por-mais-de-60-dos-casos-em-lisboa/#respond Mon, 21 Jun 2021 11:07:55 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/MascaraObrigatoriaPortugal-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2473 A variante delta do novo coronavírus, identificada primeiro na Índia, já é dominante na região de Lisboa. Segundo informações preliminares da vigilância epidemiológica, a cepa, que é bem mais transmissível, responde por mais de 60% dos casos na área metropolitana da capital.

A disseminação da variante delta parece estar bastante ligada ao aumento expressivo das infecções na grande Lisboa, que já respondem por cerca de 70% dos casos diários no país.

Para tentar conter o alastramento da cepa delta, o governo limitou a circulação para dentro e fora da Área Metropolitana de Lisboa no fim de semana.

Entre as 15h de sexta-feira e as 6h de segunda-feira, está proibido entrar ou sair da região. É possível, no entanto, circular entre os 18 municípios que compõem a AML.

A ideia é tentar evitar que a variante delta se espalhe para o resto do país. Segundo dados do Insa (Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge), a prevalência da cepa no Norte de Portugal ainda é inferior a 15%.

Na próxima quinta-feira (24), é esperado que o governo anuncie a decisão do retorno de algumas medidas de restrição na capital.

Lisboa já ultrapassou a linha vermelha estipulada pelas autoridades, de 240 novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias. Pelas regras atuais, duas semanas consecutivas com esta marca –o que deve acontecer já na próxima avaliação– representam dar um passo para trás no processo de desconfinamento.

Embora o número de hospitalizações também tenha aumentado, o número de óbitos ainda permanece mais ou menos no mesmo patamar. No último domingo (20), foram registradas 3 mortes por Covid-19.

O país tenta agora acelerar a imunização. Atualmente, 47,4% da população já recebeu ao menos uma dose da vacina e 25,52% têm a vacinação completa.

 

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Em dia de novo recorde de casos, máscara obrigatória passa a valer em Portugal https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/10/28/em-dia-de-novo-recorde-de-casos-mascara-obrigatoria-passa-a-valer-em-portugal/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/10/28/em-dia-de-novo-recorde-de-casos-mascara-obrigatoria-passa-a-valer-em-portugal/#respond Wed, 28 Oct 2020 16:29:52 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/MascaraObrigatoriaPortugal-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2159 O uso obrigatório de máscaras nas ruas de Portugal começou a valer nesta quarta-feira (28), dia em que o país bateu um novo recorde diário de novos casos de Covid-19, com 3.960 infectados confirmados.

A medida é válida para os momentos em que não for possível fazer distanciamento físico. A proteção facial passa a ser exigida para pessoas a partir dos 10 anos, com algumas exceções, como portadores de problemas de saúde incompatíveis com o uso de máscara.

O não cumprimento da medida pode render multa de até 500 euros (cerca de R$ 3.350).

Inicialmente, a decisão tem validade de 70 dias.

O primeiro-ministro, o socialista António Costa, convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para o próximo sábado (31). O governo não descarta decretar novas restrições de mobilidade no país.

Outros países europeus, como a França e a Espanha, adotaram a estratégia de toques de recolher noturnos. O objetivo é manter a economia em funcionamento, mas evitando situações de confraternização entre a população.

A Comissão da Proteção Civil do Porto anunciou que vai pedir que o governo português decrete um toque de recolher obrigatório no distrito.

Nas últimas semanas, em meio ao aumento significativos de caso em toda a Europa, Portugal já vinha endurecendo as medidas de restrição de circulação e de reunião de pessoas.

Atualmente, o país só permite, em situações de confraternização, grupos de até 5 pessoas.

Para reduzir a circulação no próximo fim de semana, quando se celebra os dias de Todos os Santos e de finados, tradicional período de viagens e visitas a cemitérios, as autoridades portuguesas proibiram que os cidadãos saiam das cidades em que residem.

Desde o início da pandemia, Portugal registrou 128.392 casos do SARS-CoV-2, com 2.394 mortes.

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Portugal bate recorde diário de novos casos de Covid-19 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/10/10/portugal-bate-recorde-diario-de-novos-casos-de-covid-19/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/10/10/portugal-bate-recorde-diario-de-novos-casos-de-covid-19/#respond Sat, 10 Oct 2020 18:20:43 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/Pandemia_Lisboa-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2152 Pelo terceiro dia consecutivo, Portugal registrou mais de mil novos casos de Covid-19. Neste sábado (10), a quantidade de novas infecções foi a mais elevada desde o início da pandemia, com 1.646 pessoas com o novo corona vírus.

Com os casos predominando na população mais jovem e com menos fatores de risco, o número de morte permanece relativamente baixo: foram 5 nas últimas 24 horas.

No total, Portugal contabiliza 85.574 pessoas infectadas e 2.067 mortes pela Covid-19.

As autoridades de saúde chamaram a atenção para o fato de 67% das novas infecções terem acontecido em eventos de confraternização, como batizados e bodas.

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, pediu que as famílias portuguesas  não realizem eventos de convivência “nesta fase em que há transmissão crescente na comunidade”.

A ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, destacou o aumento continuado da capacidade de testagem do país.

“Passamos de uma média de 2.500 testes por dia em março para 19.600 testes por dia neste mês de outubro”, afirmou.

GOVERNO

O primeiro-ministro de Portugal, o socialista António Costa, apelou à responsabilidade individual dos cidadãos para frear o avanço do vírus.

Mais uma vez, o chefe de governo afirmou que o país não tem condições para suportar um segundo confinamento.

“Creio que temos todos consciência de que a sociedade, as famílias, as empresas não podem voltar a suportar o custo de uma paragem global como aquela que tivemos nos princípios desta pandemia. Os custos para o emprego são brutais, já temos mais de 100 mil desempregados, temos milhares de famílias com perdas de rendimentos e isto é um custo social imenso”, afirmou.

“Por isso, temos de conseguir contornar a pandemia, agora, com novas armas, não pode é ser parar outra vez tudo. Essas novas armas têm de ser a responsabilidade pessoal de cada um de nós”, completou.

 

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PIB de Portugal tem a 4ª maior queda da zona Euro https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/31/pib-de-portugal-tem-a-4a-maior-queda-da-zona-euro/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/31/pib-de-portugal-tem-a-4a-maior-queda-da-zona-euro/#respond Fri, 31 Jul 2020 14:42:50 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/portugal_-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2101 Os efeitos do confinamento provocado pela pandemia do novo coronavírus na economia portuguesa foram conhecidos na manhã desta sexta (31) e mostram que o país foi um dos mais afetados da União Europeia: uma queda de 16,5% no segundo trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho é o pior da série histórica no país, de acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatística).

Segundo dados do Eurostat (órgão que compila estatísticas na UE), o resultado é a quarta maior queda na Zona Euro, entre os países que já divulgaram as estatísticas para o período.

Piores que Portugal, só mesmo os países mais duramente afetados pela pandemia no bloco: Espanha, França e Itália. Países esses que são também grandes parceiros comerciais dos lusitanos.

Até agora, a Espanha teve o pior resultado, com um recuo de 22,1% em termos homólogos no segundo trimestre.

O desempenho português foi pior do que o da média da zona do Euro, que, segundo estimativa da Eurostat publicada nesta sexta,  viu seu PIB encolher 15% no segundo trimestre deste ano.

Fortemente dependente do setor de turismo e de serviços, que segue bastante fragilizado devido às restrições de viagens e aglomerações motivadas pela Covid-19, a economia portuguesa pode continuar comprometida de maneira severa pelos próximos meses.

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Maior cassino da Europa, Estoril procura se reinventar em tempos de Covid-19 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/30/maior-cassino-da-europa-estoril-procura-se-reinventar-em-tempos-de-covid-19/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/30/maior-cassino-da-europa-estoril-procura-se-reinventar-em-tempos-de-covid-19/#respond Thu, 30 Jul 2020 09:26:46 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/estoril_01.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2063 Ponto de encontro de espiões durante a 2ª Guerra Mundial, quando Portugal se manteve neutro no conflito, as instalações imponentes do Cassino do Estoril são até hoje uma das grandes atrações da região de Cascais. Em tempos de distanciamento social por conta do novo coronavírus, o Estoril (assim como tantos outros cassinos) tenta se reinventar.

Poker, roletas, máquinas de caça-níquel: tudo continua funcionando, mas a regra agora é impedir aglomerações. Ou seja: a tradicional roda de curiosos que normalmente cerca os jogadores –especialmente quando as apostas estão altas– já não não pode acontecer.

“Fica um pouco menos animado, mas, neste momento, a segurança é o mais importante. Não tem aquele brilho, mas sentimos que as pessoas estão seguras”, explica o administrador executivo do espaço, António Vieira Coelho.

Após quase três meses com o cassino fechado, muitos jogadores já sentiam falta do espaço. A reabertura teve fila na porta e intensa cobertura midiática.

Para atrair de volta os jogadores em um momento em que a Covid-19 ainda não está totalmente sob controle em Portugal, especialmente na região de Lisboa, o Estoril tenta passar a mensagem de um alto investimento em medidas de higiene e distanciamento.

Para entrar no cassino, que é o maior da Europa em área, é obrigatório o uso de máscara. Ainda na porta, os visitantes têm a temperatura corporal medida e só é autorizado quem estiver abaixo de 37,2ºC.

A lotação foi reduzida para menos da metade: 1.200 pessoas simultaneamente.

Para evitar que as pessoas fiquem perto umas das outras, o setor de máquinas (slot machines) foi reformulado e vários equipamentos estão desligados. Agora, os equipamentos em funcionamento são intercalados com outros desligados.

Por todo o chão do cassino, setas indicam o sentido de circulação: uma maneira de evitar que os frequentadores se cruzem durante a passagem.

Antes de ter acesso às máquinas, frequentadores passam por controle de temperatura | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Antes de ter acesso às máquinas, frequentadores passam por controle de temperatura | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Outra grande diferença na reabertura foi a ausência de shows e espetáculos musicais: uma das marcas registradas do Estoril. Diversos artistas brasileiros, de Caetano Veloso a Ney Matogrosso, já se apresentaram por lá.

“Temos uma artista brasileira que veio aqui tantas vezes já é quase residente: a Fafá de Belém, que já pode ser a Fafá do Estoril”, diz o administrador, António Vieira Coelho.

Em 15 de agosto, está prevista a retomada dos espetáculos, com um concerto de Rodrigo Leão. Além da lotação reduzida, o show terá a opção de ser assistido ao vivo via streaming.

Cassino do Estoril é o maior em área da Europa | Foto: Divulgação
Cassino do Estoril é o maior em área da Europa | Foto: Divulgação
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Chef distribui uma das melhores pizzas de Lisboa a famílias carentes https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/chef-distribui-uma-das-melhores-pizzas-de-lisboa-a-familias-carentes/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/chef-distribui-uma-das-melhores-pizzas-de-lisboa-a-familias-carentes/#respond Fri, 10 Jul 2020 11:07:50 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/TankaSapkota_distribui_pizzas.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2080 As pizzas do chef Tanka Sapkota acumulam uma série de prêmios e selos de excelência, incluindo a certificação Pizza Verace Napolitana, a principal distinção do segmento. No último mês, elas foram distribuídas gratuitamente a centenas de famílias carentes da região de Lisboa.

Segundo o chef, além de fornecer uma refeição a quem precisa, o objetivo do projeto era também levar um pouco de alegria em um momento delicado como o da pandemia da Covid-19.

Ingredientes orgânicos, massa crocante, tomates DOP e muçarela premium: todos os elementos das receitas originais dos restaurantes estavam lá.

“É a mesma pizza vendida no restaurante, com a mesma qualidade. Quero dar a essas pessoas a oportunidade de comer algo que eu sei que a maioria não teria acesso de outra forma”, explica Tanka Sapkota.

“Muitas famílias recebem e é uma alegria, especialmente para as crianças”, completa.

Pizzas levam ingredientes de qualidade e são feitas poucos minutos antes de chegarem aos moradores | Foto: Divulgação
Pizzas levam ingredientes de qualidade e são feitas poucos minutos antes de chegarem aos moradores | Foto: Divulgação

Além da confecção das massas, era preciso vencer um outro desafio logístico: para garantir a qualidade da pizza, ela tem de chegar ainda quente aos consumidores.

O primeiro passo foi comprar um forno profissional especial e “portátil”, que podia ser transportado para as imediações da área de distribuição das refeições.

Forno é transportado pela cidade e assa as pizzas em cerca de 1,5 minuto | Foto: Divulgação
Forno é transportado pela cidade e assa as pizzas em cerca de 1,5 minuto | Foto: Divulgação

A Câmara Municipal de Lisboa (equivalente à Prefeitura), encarregou-se da distribuição das pizzas, em parceria com instituições de apoio que já operavam no atendimento às famílias carentes. A seleção dos contemplados foi feita com base em cadastros pré-existentes do município.

A crise econômica causada pelo novo coronavírus fez disparar o desemprego em Portugal. A busca por programas de distribuição alimentar subiu de forma inédita, inclusive com profissionais liberais e pessoas da classe média.

RETRIBUIÇÃO

Nascido no Nepal, o chef Tanka Sapkota diz querer retribuir de alguma forma a Portugal, país que o acolheu há 26 anos.

Dono de quatro restaurantes na capital portuguesa –Forno D’Oro, Comme Prima, Il Mercato e Casa Nepalesa-, Sapkota é referência em culinária italiana na cidade.

Sua relação com o universo das massas e da culinária da Itália começou durante um estágio na Alemanha. Anos depois, formou-se na prestigiosa escola de culinária Gambero Rosso, em Roma.

Moradora recebe pizza em Lisboa | Foto: Divulgação
Moradora recebe pizza em Lisboa | Foto: Divulgação

“Fazer alguma coisa pelos outros quando está tudo bem é fácil. É nos momentos difíceis que a nossa ajuda faz diferença”, diz o chef, enquanto prepara umas das 150 pizzas que distribuiu na noite de quarta-feira (8), nas imediações da freguesia da Estrela.

Segundo ele, foi justamente com esse discurso que ele convenceu sua mulher, Sita, a embarcar no projeto. Todos os custos de produção ficaram a cargo do empresário.

Apesar da hesitação inicial, a família toda se envolveu no projeto, inclusive os filhos do casal, que, empolgados, ajudavam a distribuir as caixas de pizza entre os voluntários.

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Portugal vai exigir teste de Covid-19 para voos com origem no Brasil https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/30/portugal-vai-exigir-teste-de-covid-19-para-voos-com-origem-no-brasil/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/30/portugal-vai-exigir-teste-de-covid-19-para-voos-com-origem-no-brasil/#respond Tue, 30 Jun 2020 21:31:37 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/covid_aeroporto_lisboa.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2071 Após o anúncio de que o Brasil ficou de fora da lista de países que terão entrada liberada na União Europeia na primeira fase de reabertura de fronteiras, o governo de Portugal divulgou orientações específicas para a entrada de voos com origem no país. A partir de 1º de julho, passa a ser obrigatório apresentar, antes do embarque, um teste com resultado negativo para o novo coronavírus.

O exame deve ter sido realizado “nas últimas 72 horas antes do embarque, sob pena de lhes ser recusada a entrada em território nacional”.

A determinação foi anunciada na noite desta terça-feira (30), em um despacho conjunto assinado pelos ministros de Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Administração Interna e da Saúde.

A lista de países com entrada liberada foi elaborada pela UE com base em critérios epidemiológicos. Embora a entrada de turistas brasileiros esteja vetada, há situações em que viajantes com origem no Brasil podem ter entrada liberada.

Estão autorizados aqueles que têm cidadania de Portugal ou de outros países da UE e os nacionais de países que fazem parte do espaço Schengen, assim como seus familiares.

Quem tem residência legal em Portugal ou em outro país-membro da UE também está liberado.

Cidadãos brasileiros estão liberados apenas em alguns casos: “viagem por motivos profissionais, de estudo, de reunião familiar, por razões de saúde ou por razões humanitárias e de acordo com o princípio da reciprocidade”, segundo o governo.

Devido à situação da pandemia, a frequência de voos segue bastante reduzida, com voos apenas com origem no Rio de Janeiro e em São Paulo.

As medidas seguem em vigor até 15 de julho, quando serão reavaliadas.

Em meados de março, quando a União Europeia tomou a decisão inédita de fechar suas fronteiras externas, permitiu que cada Estado-membro tivesse a prerrogativa de estabelecer algumas exceções. Portugal sempre manteve, embora com frequência reduzida, os voos com origem no Brasil e em outros países com grande comunidade portuguesa.

Apesar da situação epidemiológica brasileira, classificada como muito preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o primeiro-ministro português, António Costa, minimizou o risco de importação de casos, em declarações à imprensa estrangeira em 15 de junho.

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Com distanciamento e limites de ocupação, Portugal reabre suas praias https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/com-distanciamento-e-limites-de-ocupacao-portugal-reabre-suas-praias/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/com-distanciamento-e-limites-de-ocupacao-portugal-reabre-suas-praias/#respond Thu, 28 May 2020 10:47:09 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/praiaPortugal2.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2024 Com seu plano de desconfinamento avançando conforme o previsto, Portugal decidiu reabrir suas famosas praias, mas com regras de distanciamento e limite à quantidade de banhistas.

Na terça (27), a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou a lotação máxima de algumas das principais praias do país (incluindo as da região de Lisboa e do Algarve), o que já permite que os portugueses comecem a se organizar para a temporada de verão.

Os critérios foram definidos conforme o tamanho e as características das praias e podem variar ao longo do dia, em caso de maré alta ou baixa.

Por conta disso, há desde praias com capacidade para milhares de pessoas, enquanto outras estão limitadas a poucas dezenas de ocupantes.

Point de muitos jovens da região de Lisboa devido à facilidade de acesso, a praia de Carcavelos, em Oeiras, terá capacidade para 12,1 mil pessoas. Famosa pelas ondas gigantes, Nazaré, no Oeste português, pode receber o maior número de visitantes no país: 17,1 mil.

No outro extremo, a praia da Marinha, em Lagoas, no Sul de Portugal, é a com menor capacidade definida: de 15 a 20 pessoas, conforme o estado da Maré.

INFORMAÇÕES E FISCALIZAÇÃO

Praia de Galapinhos, na região da Arrábida | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Praia de Galapinhos, na região da Arrábida | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A ocupação das praias será sinalizada aos banhistas usando uma espécie de semáforo. Sinal verde significa ocupação baixa, de até um terço do permitido. O sinal amarelo indica ocupação elevada, com até dois terços da capacidade. O vermelho indica que a praia já chegou ao limite estabelecido de banhistas.

A definição sobre quem irá monitorar e, principalmente, fiscalizar,  tem provocado discussões entre os responsáveis, que apontam dificuldades inerentes a esse tipo inédito de controle.

Ficou estabelecido que, nas praias maiores, a sinalização é de responsabilidade das concessionárias. Nas não concessionadas, normalmente praias menores e mais afastadas, a responsabilidade é das autarquias locais.

O governo determina “a distância física de segurança de um metro e meio” entre os banhistas que não estejam no mesmo grupo.

Também há regras de distância entre as barracas de praia, que deve ser de no mínimo “3 metros, contados a partir do limite exterior” do guarda-sol.

As empresas que gerem as praias, bem como os proprietários de bares e restaurantes, devem garantir a higienização e desinfecção frequente dos espaços de uso comum.

Como forma de controlar melhor a ocupação, serão reforçados os limites aos estacionamento no entorno das praias.

Para ajudar os cidadãos a organizarem o banho de mar, o governo lançou um aplicativo para celular, o InfoPraia, que trará informação atualizada sobre a ocupação das praias portuguesas.

A época balnear lusitana começa oficialmente em 6 de junho, quando as regras começam a valer. Há pouco mais de uma semana, porém, uma decisão do Conselho de Ministros já liberou o acesso às praias.

No primeiro fim de semana após a liberação, os portugueses correram para as praia.

Ao anunciar a liberação das praias, o primeiro-ministro, António Costa, chamou a atenção para o dever de responsabilidade e destacou que “ase houver abusos”, elas poderão voltar a ser interditadas.

“Cada um tem o dever cívico de se proteger e de proteger os outros”, disse o premiê socialista.

Com quase um mês de reabertura, Portugal segue controlando a quantidade de contaminações pelo SARS-CoV-2 no país.

Até a última terça (27), o país contabilizava 31.292 casos confirmados e 1.356 óbitos.

Praia de São Rafael, no Algarve, foi uma das certificadas com a Bandeira Azul em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Praia de São Rafael, no Algarve, foi uma das certificadas com a Bandeira Azul em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
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Portugueses voltam a restaurantes e museus em segunda fase do desconfinamento https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/portugueses-voltam-a-restaurantes-e-museus-em-segunda-fase-do-desconfinamento/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/portugueses-voltam-a-restaurantes-e-museus-em-segunda-fase-do-desconfinamento/#respond Thu, 21 May 2020 12:01:03 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/Lisboa_desconfinamento5.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2014 Aos poucos, os portugueses estão retomando a rotina.

Portugal começou a segunda fase de seu desconfinamento gradual na última segunda-feira (18), com a reabertura de museus, lojas de rua de até 400 m2 e de restaurantes.

Em uma tradicional tasca de Alcântara, em Lisboa, o cheiro forte de desinfetante praticamente abafa o aroma do bacalhau recém-saído do forno.

No salão, funcionários  usando máscaras e viseiras de acrílico explicam longamente as novas instruções de segurança, pedindo que clientes respeitem o distanciamento entre as mesas, permaneçam de máscara até estarem sentados e evitem pagamentos em dinheiro.

Pratos e talheres são trazidos embalados individualmente e são postos à mesa na presença dos clientes. Os cardápios ganharam versões individuais e descartáveis.

Em meio ao vai-e-vem do serviço de almoço, garçons desinfetam as mãos de maneira orquestrada a cada passagem pelo dispensador de álcool em gel.

É assim, com muitas medidas de segurança e com limitação de até 50% da capacidade, que muitos restaurantes voltaram às atividades em Portugal, após dois meses de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.

O regresso à “normalidade”, porém, ainda causa estranhamento aos portugueses.

Muitos dos estabelecimentos já identificaram que, com regras de distanciamento social e sem o fluxo de turistas dos tempos pré-pandemia pode ser difícil fazer com que as contas fechem.

Em Portugal, restaurantes voltaram a receber clientes na última segunda (18) | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Em Portugal, restaurantes voltaram a receber clientes na última segunda (18) | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Normalmente apinhado de turistas e com uma longa fila à porta, o tradicional Pastel de Belém retomou suas atividades com fluxo de clientes bastante abaixo do normal.

O mesmo se passou com vários restaurantes do entorno, tradicionalmente lotados devido à proximidade com atrações turísticas icônicas da capital portuguesa, como a Torre de Belém e o mosteiro dos Jerónimos.

“Não sei como há de ser. Estou aberto, mas não há clientes que cheguem. Isto aqui não era nem 10% de um dia normal”, lamenta Fernando Gomes, gerente de uma churrasqueira.

Também reaberto agora, o mosteiro dos Jerónimos também teve um fluxo de turistas bastante abaixo de um dia de sol forte na primavera.

Neste e em outros museus, a quantidade de pessoas liberadas está mais limitada e é obrigatório o uso de máscara.

REABERTURA

O processo de reabertura de Portugal foi dividido em três etapas.

Na primeira, iniciada há duas semanas, reabriram lojas de até 200 m2, livrarias e cabeleireiros.

Cabeleireiros voltaram a funcionar na primeira fase da reabertura, em 4 de maio | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Cabeleireiros voltaram a funcionar na primeira fase da reabertura, em 4 de maio | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Além de lojas, cafés e restaurantes, estudantes também voltaram às salas de aula. Algumas disciplinas presenciais foram retomadas para alunos do último ano do secundário (equivalente ao Ensino Médio) e nas creches.

Na próxima fase, a partir de 1º de junho, lojas com mais de 400 m2 e shoppings poderão reabrir. Cinemas e teatros também são liberados, mas com lotação reduzida, lugares marcados e obrigação de distanciamento.

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