Ora Pois https://orapois.blogfolha.uol.com.br Um olhar brasileiro sobre Portugal Mon, 29 Nov 2021 10:25:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Máscaras deixam de ser obrigatórias nas ruas de Portugal https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/09/13/mascaras-deixam-de-ser-obrigatorias-nas-ruas-de-portugal/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/09/13/mascaras-deixam-de-ser-obrigatorias-nas-ruas-de-portugal/#respond Mon, 13 Sep 2021 08:00:44 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/mascaras_nao_obrigatorias_portugal-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2566 Após 318 dias em vigor, a obrigatoriedade de uso de máscaras nas ruas de Portugal já não vale a partir desta segunda-feira (13).

Com mais de 78% da população com o esquema vacinal completo, o país tem progressivamente eliminado as restrições impostas pela pandemia da Covid-19.

A cobertura facial ainda é exigida em espaços fechados, transportes públicos, shoppings, prédios públicos e para entrar ou circular na área interna de cafés e restaurantes e em outras situações específicas, como nas escolas.

Apesar do fim da obrigatoriedade, as autoridades de saúde recomendam que as máscaras sigam sendo utilizadas em locais com  aglomeração de pessoas.

Os deputados portugueses optaram por não renovar a lei que determinava o uso de máscara. O diploma inicial fora aprovado em outubro, em um momento de alta de casos de Covid-19 no país.

Pelas regras lusas, as máscaras nas ruas só eram obrigatórias quando não fosse possível manter o distanciamento social. Ainda assim, muitos portugueses, sobretudo nas grandes cidades, optaram por usar a cobertura facial sempre que saíam de casa.

A decisão de acabar com a obrigatoriedade das máscaras nas ruas não foi unanimidade entre especialistas, e alguns grupos médicos se opuseram à medida.

“A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública continua a sugerir que, especialmente nesta fase de inverno em que vamos entrar, a máscara continue a ser um equipamento de proteção individual utilizado por todos ou quase todos, de maneira a que nos possamos proteger, não só da Covid-19, mas também da gripe”, afirmou o presidente em exercício da entidade Gustavo Tato Jorge, em declaração à agência Lusa.

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Variante delta já é responsável por mais de 60% dos casos em Lisboa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/variante-delta-ja-e-responsavel-por-mais-de-60-dos-casos-em-lisboa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/variante-delta-ja-e-responsavel-por-mais-de-60-dos-casos-em-lisboa/#respond Mon, 21 Jun 2021 11:07:55 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/MascaraObrigatoriaPortugal-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2473 A variante delta do novo coronavírus, identificada primeiro na Índia, já é dominante na região de Lisboa. Segundo informações preliminares da vigilância epidemiológica, a cepa, que é bem mais transmissível, responde por mais de 60% dos casos na área metropolitana da capital.

A disseminação da variante delta parece estar bastante ligada ao aumento expressivo das infecções na grande Lisboa, que já respondem por cerca de 70% dos casos diários no país.

Para tentar conter o alastramento da cepa delta, o governo limitou a circulação para dentro e fora da Área Metropolitana de Lisboa no fim de semana.

Entre as 15h de sexta-feira e as 6h de segunda-feira, está proibido entrar ou sair da região. É possível, no entanto, circular entre os 18 municípios que compõem a AML.

A ideia é tentar evitar que a variante delta se espalhe para o resto do país. Segundo dados do Insa (Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge), a prevalência da cepa no Norte de Portugal ainda é inferior a 15%.

Na próxima quinta-feira (24), é esperado que o governo anuncie a decisão do retorno de algumas medidas de restrição na capital.

Lisboa já ultrapassou a linha vermelha estipulada pelas autoridades, de 240 novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias. Pelas regras atuais, duas semanas consecutivas com esta marca –o que deve acontecer já na próxima avaliação– representam dar um passo para trás no processo de desconfinamento.

Embora o número de hospitalizações também tenha aumentado, o número de óbitos ainda permanece mais ou menos no mesmo patamar. No último domingo (20), foram registradas 3 mortes por Covid-19.

O país tenta agora acelerar a imunização. Atualmente, 47,4% da população já recebeu ao menos uma dose da vacina e 25,52% têm a vacinação completa.

 

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Governo põe Lisboa em alerta devido a aumento de casos de Covid-19 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/05/27/governo-poe-lisboa-em-alerta-devido-a-aumento-de-casos-de-covid-19/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/05/27/governo-poe-lisboa-em-alerta-devido-a-aumento-de-casos-de-covid-19/#respond Thu, 27 May 2021 16:30:39 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/Pandemia_Lisboa-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2436 Devido ao aumento no número de casos de Covid-19  nas duas últimas semanas, o governo de Portugal incluiu Lisboa na lista de cidades em “estado de alerta”. Isto significa que, se a situação não melhorar na próxima avaliação, a capital pode ter de recuar no desconfinamento.

“A região de Lisboa e Vale do Tejo tem e continua com níveis de incidência crescentes, e esses níveis de incidência são motivo de preocupação”, afirmou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Apesar disso, a ministra afirmou que o nível de crescimento dos casos em Lisboa já está mais lento do que na semana passada.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27), após a reunião semanal do Conselho de Ministro que avalia a situação do país. Além de Lisboa, outras seis cidades também estão sob alerta: Tavira, Vila do Bispo, Vila Nova de Paiva, Chamusca, Lisboa, Salvaterra de Magos e Vale de Cambra.

Atualmente, a taxa de transmissão do vírus (Rt) em Lisboa está em 1,14, o que é motivo de preocupação entre as autoridades.

A incidência de novos casos na capital, nos últimos 14 dias, foi de 143 casos por 100 mil habitantes: mais do que o dobro do valor nacional de 54,4 casos por 100 mil habitantes.

Em termos nacionais, o Rt está em 1,07.

Embora haja mais novos casos, o número de mortes, por enquanto, não acompanha a tendência. Nesta quinta-feira, o país não registrou nenhuma morte pelo novo coronavírus. Na semana passada, houve dois dias consecutivos sem óbitos.

Em declarações à imprensa na última terça-feira (25), o diretor de serviços de informação e análise da Direção-Geral da Saúde,  André Peralta Santos, afirmou que, se a situação não for controlada, a região de Lisboa poderia atingir os 240 casos por 100 mil habitantes daqui a duas ou três semanas.

Por conta disso, foram anunciadas medidas adicionais para Lisboa, com destaque para o aumento do número de testes, especialmente em estabelecimentos de ensino e empresas, além da aceleração da aplicação de vacinas.

Nesta semana, o governo também confirmou a antecipação do calendário de vacinas. Com o recebimento de mais doses, o plano de imunização português passará a vacinar, simultaneamente, várias faixas etárias.

Atualmente, quem tem 50 anos ou mais já pode agendar a vacinação. No começo de junho, a possibilidade será estendida a pessoas a partir dos 40 anos e, a partir do dia 20, para quem tem 30 anos ou mais.

 

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Em nova etapa do desconfinamento, Portugal reabre shoppings, cinemas, grandes lojas e universidades https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/04/19/em-nova-etapa-do-desconfinamento-portugal-reabre-shoppings-cinemas-grandes-lojas-e-universidades/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/04/19/em-nova-etapa-do-desconfinamento-portugal-reabre-shoppings-cinemas-grandes-lojas-e-universidades/#respond Mon, 19 Apr 2021 19:40:24 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/GrandesLojasCheias-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2371 Portugal deu início, nesta segunda-feira (19), à terceira etapa do plano nacional de desconfinamento. Shoppings, cinemas, teatros, restaurantes (parte interna) e grandes lojas puderam voltar a abrir as portas, após mais de três meses fechados.

Embora em funcionamento, os espaços estão operando com restrições de ocupação e horário de funcionamento.

Alunos do secundário e das universidades também podem regressar às aulas presenciais, com uso obrigatório de máscara e medidas adicionais de higiene e distanciamento.

A medida valeu para a maior parte do país. Apenas quatro concelhos (Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior) tiveram de regredir nas medidas de abertura, uma vez que ultrapassaram o limite de 240 casos por 100 mil habitantes imposto pelo governo.

Durante a manhã e no começo da tarde, o movimento no centro de Lisboa era tranquilo, apesar do dia ensolarado e quente. Nas imediações dos principais pontos turísticos, filas de tuktuks e de táxis vazios ajudavam a perceber o ritmo moroso da retomada das atividades.

Um dos símbolos do turismo na capital, Tuktuks ficaram ociosos | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Um dos símbolos do turismo na capital, Tuktuks ficaram ociosos | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A exceção ficou por conta de algumas lojas de departamento, com longas filas na entrada. No maior centro comercial da capital, a situação era parecida.

A autorização de reabertura integral do comércio –até agora, só podiam funcionar lojas de rua com até 200m²– também evidenciou o impacto da pandemia e do segundo lockdown, com diversos empreendimentos que fecharam de vez.

Nesta terceira etapa do desconfinamento, os restaurantes puderam voltar a funcionar por completo. Até agora, o serviço só estava autorizado nas varandas e espaços ao ar livre.

Nos espaços interiores, o limite é de quatro pessoas por mesa. Ao ar livre, são permitidas até seis.

Restaurantes, cafés e padarias podem devem fechar, no máximo, às 22h30 durante a semana. Aos sábados e domingos, o limite é às 13h.

Movimento era tranquilo na manhã e começo da tarde no centro de Lisboa | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Movimento era tranquilo na manhã e começo da tarde no centro de Lisboa | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A CONTA-GOTAS

Anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa (Partido Socialista), como um plano de reabertura a conta-gotas, o desconfinamento em Portugal deve se estender até 3 de maio. O cronograma de reabertura está sujeito a reavaliações periódicas, de acordo com a situação epidemiológica do país e de suas diferentes regiões.

Nesta segunda-feira (19), Portugal registrou 220 novos casos e uma morte por Covid-19.

No auge da pandemia, em 31 de janeiro, o país teve 303 mortes por Covid-19. No dia com mais novos casos, 28 de janeiro, foram 16.432 novas infecções.

 

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Portugal começa a desconfinar e reabre restaurantes e cafés com serviço ao ar livre https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/04/05/portugal-comeca-a-desconfinar-e-reabre-restaurantes-e-cafes-com-servico-ao-ar-livre/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/04/05/portugal-comeca-a-desconfinar-e-reabre-restaurantes-e-cafes-com-servico-ao-ar-livre/#respond Mon, 05 Apr 2021 16:12:16 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/lisboa_desconfina1-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2352 Depois de 80 dias em lockdown, Portugal iniciou nesta segunda-feira (5) a reabertura gradual do país. O dia ensolarado e as temperaturas acima de 20ºC ajudaram a animar os portugueses a saírem de casa.

Voltaram a funcionar cafés e restaurantes com serviços ao ar livre. Nesta primeira etapa, há um limite de até quatro pessoas por mesa. Aos fins de semana, as atividades precisam encerrar até as 13h.

Os portugueses também deixam de ter restrições de circulação dentro do país. Desde o fim de 2020, era proibido sair da cidade de residência aos fins de semana.

Quase 600 mil alunos, entre o 5º e o 9º anos, voltam às aulas presenciais. Crianças pequenas (da creche, jardim de infância e primeiros anos de ensino) já haviam voltado à escola em 15 de março, quando o governo promoveu a primeira flexibilização do lockdown.

Museus e monumentos nacionais também voltaram a abrir as portas.  Em Lisboa, para incentivar a visitação pelos moradores, eles têm entrada gratuita até o fim de abril.

Museus têm tentado se adaptar, com novas regras de higiene e horários ampliados 12.nov.2020  | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Academias de ginásticas, por enquanto sem aulas em grupo, também estão entre as atividades recém-liberadas.

Lojas de rua, com até 200 m², puderam abrir as portas, o que assegurou uma boa parte do retorno ao funcionamento do comércio local.

Funcionária de uma loja de roupas e acessórios na região do Areeiro, em Lisboa, Cátia Oliveira diz que o movimento ainda é fraco.

“Hoje de manhã quase não veio ninguém. Acho que as pessoas estão sem dinheiro para comprar. Também há muito menos gente na rua”, avalia.

REABERTURA GRADUAL

Anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa (Partido Socialista), como um plano de reabertura a conta-gotas, o desconfinamento em  Portugal deve se estender até 3 de maio.

Costa afirmou que o plano de desconfinamento estará sujeito a revisões constantes e que pode chegar a ser interrompido caso as condições sanitárias se deteriorem.

Nesta segunda-feira, a taxa de transmissão do vírus , um dos critérios de manutenção do cronograma, já acendeu o sinal de alerta entre as autoridades.

O chamado Rt do coronavírus é atualmente de 0,98 no país. O limite estabelecido pelo governo para a taxa é 1.

Ainda assim, o país segue com menos mortes, novos casos e internações.

Nesta segunda-feira (5), foram registrados 158 novos casos e mais 6 mortes.

No pico da pandemia, em 31 de janeiro, o país teve 303 mortes por Covid-19. No dia com mais novos casos, 28 de janeiro, foram 16.432 novas infecções.

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Portugal tem a taxa de transmissão do coronavírus mais baixa da Europa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/03/08/portugal-tem-a-taxa-de-transmissao-do-coronavirus-mais-baixa-da-europa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/03/08/portugal-tem-a-taxa-de-transmissao-do-coronavirus-mais-baixa-da-europa/#respond Mon, 08 Mar 2021 17:26:33 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Lockdown3_lisboa-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2297 O lockdown segue produzindo resultados em Portugal. Em reunião entre especialistas e representantes políticos nesta segunda-feira (8), foi anunciado que o país segue com taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus  mais baixa da Europa.

Nas últimas 24 horas, o país –que tem cerca de 10 milhões de habitantes– registrou 365 novas infecções. É o valor mais baixo desde 7 de setembro de 2020.

“Continuamos a apresentar o Rt mais baixo da Europa e com uma incidência já perto dos 120 [novos casos] por 100 mil habitantes”, disse o epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge .

Segundo o especialista, nos últimos 5 dias, o índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2 ficou em 0,74 em todo o país, com exceção das regiões autônomas dos Açores e da Madeira.

O Rt indica o ritmo de contágio do vírus e deve estar baixo de 1 para que o número de casos retroceda.

Embora destaque o bom resultado, o epidemiologista afirmou que o ritmo de queda das contaminações tem desacelerado.

Na avaliação de André Peralta Santos, da Direcção-Geral da Saúde, a vacinação  começa a mostrar alguns efeitos na população acima de 80 anos, com redução das internações em cuidados intensivos. Este é o grupo com maior cobertura vacinal até agora no país.

Também da reunião, que aconteceu em Lisboa na Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), os especialistas afirmaram que o país tem condições para começar a desconfinar a partir de 15 de março.

A expectativa é que o plano de desconfinamento seja apresentado em 11 de março pelo governo.

Portugal está em lockdown desde 18 de janeiro. Inicialmente, o governo havia adotado uma espécie de “confinamento soft”, com escolas e universidades abertas e várias exceções. A baixa adesão da população às restrições acabou à adoção, em 22 de janeiro, de um confinamento bastante restrito.

Confinamento proíbe permanecer em praças e parques de Portugal | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Confinamento proíbe permanecer em praças e parques de Portugal | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Após ser apontado como um bom exemplo de gestão na primeira onda da pandemia, Portugal viu a quantidade de casos voltar a crescer em outubro. Após algum tempo sob controle, a situação se deteriorou após o período de Natal, quando o país relaxou medidas que restringiam deslocamento e aglomerações.

O resultado foi uma alta generalizada de casos e mortes. Em 28 de janeiro, o país atingiu seu pico de novas infecções, com 16.432 novos casos.

Sob pressão, o sistema de saúde pública português, o SNS, esteve perto do colapso. O país acabou pedindo ajuda internacional para outros países da UE.

O lockdown, no entanto, deixou as coisas relativamente sob controle já na segunda semana de fevereiro.

Até agora, Portugal já registrou 810.459 casos e 16.565 mortes por Covid-19.

 

 

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Sem turistas, moradores aproveitam para redescobrir Lisboa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/sem-turistas-moradores-aproveitam-para-redescobrir-lisboa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/sem-turistas-moradores-aproveitam-para-redescobrir-lisboa/#respond Thu, 18 Jun 2020 09:08:00 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/Lisboa_sem_turistas.jpg https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2039 Sem as longas filas e a confusão provocadas pelos turistas, muitos moradores de Lisboa estão aproveitando para “reconquistar” atrações da cidade. Dos Pastéis de Belém às viagens panorâmicas de bondinho, os lisboetas têm apostado em programas que antes eram dominados por estrangeiros.

Pela primeira vez em muito tempo, a língua mais ouvida na região do Chiado, no centro histórico, parece ser o português.

Acostumada a evitar fazer compras nesta região, a empresária Inês Gomes passeava com calma na quarta-feira (17) pela rua Garret, um dos epicentros turísticos da cidade.

“Eu normalmente evito fazer compras aqui na Baixa, porque há sempre muita gente, muito barulho. Como eu sabia que as coisas estão mais tranquilas, resolvi olhar as lojas hoje”, conta.

Embora diga apreciar a tranquilidade, a empresária ressalta a importância do setor para a economia portuguesa. Cerca de 8,8% do PIB (Produto Interno Bruto) luso está diretamente ligado ao turismo, que ainda tem grande influência em diversos setores da economia nacional.

Do outro lado da cidade, a famosa fábrica dos pastéis de Belém ainda ostenta uma fila na porta, mas de dimensões bem mais modestas do que nos dias pré-pandemia. Mais uma vez, a língua portuguesa predomina entre aqueles que esperam.

Antes dominado por turistas, miradouro de São Pedro de Alcântara, na Baixa, está agora bem mais tranquilo | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Antes dominado por turistas, miradouro de São Pedro de Alcântara, na Baixa, está agora bem mais tranquilo | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A maior parte dos museus e equipamentos culturais portugueses voltaram a funcionar já em 18 de maio, embora com limites mais rígidos de ocupação e higiene, além do uso obrigatório de máscara.

Com a perspectiva de uma retomada, embora lenta, do fluxo de viagens internacionais, muitos desses espaços já estão inaugurando novas exposições, como a Coleção Berardo e o Maat (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia).

TURISTAS NA PRÓPRIA CIDADE

Além dos portugueses, muitos brasileiros que moram em Lisboa também estão aproveitando para conhecer melhor a cidade.

Sócia da empresa de turismo Vou de Tuk Lisboa, a paulistana Kamila El Hage diz que os residentes têm aproveitado para fazer passeios históricos e culturais por Lisboa.

“Tenho feito muitos tours para brasileiros que vivem aqui. Muita gente que mudou há pouco tempo e que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer”, conta.

Sócia da Vou de Tuk, Kamila El Hage, diz que portugueses e brasileiros que residem em Lisboa têm procurado tours para conhecer a cidade | Foto: Mariana Gama/Divulgação
Sócia da Vou de Tuk Lisboa, Kamila El Hage, diz que portugueses e brasileiros que residem em Lisboa têm procurado tours para conhecer a cidade | Foto: Mariana Gama/Divulgação

O público português também aderiu aos passeios.

“A galera está com sede de turismo, mas muitos ainda não se sentem seguros para sair do país”, completa.

Pela primeira vez, o mercado doméstico também tem sido bastante explorado pelas campanhas oficiais de turismo.

Na segunda-feira (15), o primeiro-ministro, António Costa, lançou uma campanha que estimula o turismo interno.

“Um convite à descoberta dos motivos que tornaram Portugal o melhor destino do mundo e uma oportunidade para contribuir, de forma ativa, à retoma do setor turístico que tanto tem contribuído para a economia nacional”, diz o material de divulgação.

Mais Ora Pois
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Com distanciamento e limites de ocupação, Portugal reabre suas praias https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/com-distanciamento-e-limites-de-ocupacao-portugal-reabre-suas-praias/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/28/com-distanciamento-e-limites-de-ocupacao-portugal-reabre-suas-praias/#respond Thu, 28 May 2020 10:47:09 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/praiaPortugal2.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2024 Com seu plano de desconfinamento avançando conforme o previsto, Portugal decidiu reabrir suas famosas praias, mas com regras de distanciamento e limite à quantidade de banhistas.

Na terça (27), a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou a lotação máxima de algumas das principais praias do país (incluindo as da região de Lisboa e do Algarve), o que já permite que os portugueses comecem a se organizar para a temporada de verão.

Os critérios foram definidos conforme o tamanho e as características das praias e podem variar ao longo do dia, em caso de maré alta ou baixa.

Por conta disso, há desde praias com capacidade para milhares de pessoas, enquanto outras estão limitadas a poucas dezenas de ocupantes.

Point de muitos jovens da região de Lisboa devido à facilidade de acesso, a praia de Carcavelos, em Oeiras, terá capacidade para 12,1 mil pessoas. Famosa pelas ondas gigantes, Nazaré, no Oeste português, pode receber o maior número de visitantes no país: 17,1 mil.

No outro extremo, a praia da Marinha, em Lagoas, no Sul de Portugal, é a com menor capacidade definida: de 15 a 20 pessoas, conforme o estado da Maré.

INFORMAÇÕES E FISCALIZAÇÃO

Praia de Galapinhos, na região da Arrábida | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Praia de Galapinhos, na região da Arrábida | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

A ocupação das praias será sinalizada aos banhistas usando uma espécie de semáforo. Sinal verde significa ocupação baixa, de até um terço do permitido. O sinal amarelo indica ocupação elevada, com até dois terços da capacidade. O vermelho indica que a praia já chegou ao limite estabelecido de banhistas.

A definição sobre quem irá monitorar e, principalmente, fiscalizar,  tem provocado discussões entre os responsáveis, que apontam dificuldades inerentes a esse tipo inédito de controle.

Ficou estabelecido que, nas praias maiores, a sinalização é de responsabilidade das concessionárias. Nas não concessionadas, normalmente praias menores e mais afastadas, a responsabilidade é das autarquias locais.

O governo determina “a distância física de segurança de um metro e meio” entre os banhistas que não estejam no mesmo grupo.

Também há regras de distância entre as barracas de praia, que deve ser de no mínimo “3 metros, contados a partir do limite exterior” do guarda-sol.

As empresas que gerem as praias, bem como os proprietários de bares e restaurantes, devem garantir a higienização e desinfecção frequente dos espaços de uso comum.

Como forma de controlar melhor a ocupação, serão reforçados os limites aos estacionamento no entorno das praias.

Para ajudar os cidadãos a organizarem o banho de mar, o governo lançou um aplicativo para celular, o InfoPraia, que trará informação atualizada sobre a ocupação das praias portuguesas.

A época balnear lusitana começa oficialmente em 6 de junho, quando as regras começam a valer. Há pouco mais de uma semana, porém, uma decisão do Conselho de Ministros já liberou o acesso às praias.

No primeiro fim de semana após a liberação, os portugueses correram para as praia.

Ao anunciar a liberação das praias, o primeiro-ministro, António Costa, chamou a atenção para o dever de responsabilidade e destacou que “ase houver abusos”, elas poderão voltar a ser interditadas.

“Cada um tem o dever cívico de se proteger e de proteger os outros”, disse o premiê socialista.

Com quase um mês de reabertura, Portugal segue controlando a quantidade de contaminações pelo SARS-CoV-2 no país.

Até a última terça (27), o país contabilizava 31.292 casos confirmados e 1.356 óbitos.

Praia de São Rafael, no Algarve, foi uma das certificadas com a Bandeira Azul em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Praia de São Rafael, no Algarve, foi uma das certificadas com a Bandeira Azul em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
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Portugueses voltam a restaurantes e museus em segunda fase do desconfinamento https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/portugueses-voltam-a-restaurantes-e-museus-em-segunda-fase-do-desconfinamento/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/05/21/portugueses-voltam-a-restaurantes-e-museus-em-segunda-fase-do-desconfinamento/#respond Thu, 21 May 2020 12:01:03 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/Lisboa_desconfinamento5.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2014 Aos poucos, os portugueses estão retomando a rotina.

Portugal começou a segunda fase de seu desconfinamento gradual na última segunda-feira (18), com a reabertura de museus, lojas de rua de até 400 m2 e de restaurantes.

Em uma tradicional tasca de Alcântara, em Lisboa, o cheiro forte de desinfetante praticamente abafa o aroma do bacalhau recém-saído do forno.

No salão, funcionários  usando máscaras e viseiras de acrílico explicam longamente as novas instruções de segurança, pedindo que clientes respeitem o distanciamento entre as mesas, permaneçam de máscara até estarem sentados e evitem pagamentos em dinheiro.

Pratos e talheres são trazidos embalados individualmente e são postos à mesa na presença dos clientes. Os cardápios ganharam versões individuais e descartáveis.

Em meio ao vai-e-vem do serviço de almoço, garçons desinfetam as mãos de maneira orquestrada a cada passagem pelo dispensador de álcool em gel.

É assim, com muitas medidas de segurança e com limitação de até 50% da capacidade, que muitos restaurantes voltaram às atividades em Portugal, após dois meses de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.

O regresso à “normalidade”, porém, ainda causa estranhamento aos portugueses.

Muitos dos estabelecimentos já identificaram que, com regras de distanciamento social e sem o fluxo de turistas dos tempos pré-pandemia pode ser difícil fazer com que as contas fechem.

Em Portugal, restaurantes voltaram a receber clientes na última segunda (18) | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Em Portugal, restaurantes voltaram a receber clientes na última segunda (18) | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Normalmente apinhado de turistas e com uma longa fila à porta, o tradicional Pastel de Belém retomou suas atividades com fluxo de clientes bastante abaixo do normal.

O mesmo se passou com vários restaurantes do entorno, tradicionalmente lotados devido à proximidade com atrações turísticas icônicas da capital portuguesa, como a Torre de Belém e o mosteiro dos Jerónimos.

“Não sei como há de ser. Estou aberto, mas não há clientes que cheguem. Isto aqui não era nem 10% de um dia normal”, lamenta Fernando Gomes, gerente de uma churrasqueira.

Também reaberto agora, o mosteiro dos Jerónimos também teve um fluxo de turistas bastante abaixo de um dia de sol forte na primavera.

Neste e em outros museus, a quantidade de pessoas liberadas está mais limitada e é obrigatório o uso de máscara.

REABERTURA

O processo de reabertura de Portugal foi dividido em três etapas.

Na primeira, iniciada há duas semanas, reabriram lojas de até 200 m2, livrarias e cabeleireiros.

Cabeleireiros voltaram a funcionar na primeira fase da reabertura, em 4 de maio | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Cabeleireiros voltaram a funcionar na primeira fase da reabertura, em 4 de maio | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Além de lojas, cafés e restaurantes, estudantes também voltaram às salas de aula. Algumas disciplinas presenciais foram retomadas para alunos do último ano do secundário (equivalente ao Ensino Médio) e nas creches.

Na próxima fase, a partir de 1º de junho, lojas com mais de 400 m2 e shoppings poderão reabrir. Cinemas e teatros também são liberados, mas com lotação reduzida, lugares marcados e obrigação de distanciamento.

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