Ora Pois https://orapois.blogfolha.uol.com.br Um olhar brasileiro sobre Portugal Mon, 29 Nov 2021 10:25:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Imigrantes foram decisivos para população de Portugal não encolher em 2020 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/14/imigrantes-foram-decisivos-para-populacao-de-portugal-nao-encolher-em-2020/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/06/14/imigrantes-foram-decisivos-para-populacao-de-portugal-nao-encolher-em-2020/#respond Mon, 14 Jun 2021 16:42:43 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/Protesto_Imigrantes-320x213.jpg https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2468 Apesar do aumento da mortalidade e da diminuição da natalidade, Portugal acabou 2020 com um leve crescimento populacional (0,02%). O incremento do número de estrangeiros residentes foi fundamental para o resultado positivo. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pelo INE (Instituto Nacional de Estatística).

Os novos 67.160 imigrantes compensaram o saldo natural negativo (diferença entre número de nascidos-vivos e de óbitos), que ficou em -38.931, e a emigração, com a saída de de 25.886 pessoas para outros países.

Pelo quarto ano consecutivo, houve mais estrangeiros imigrando para Portugal do que portugueses deixando o país, embora tenha havido uma redução de 0,40% no saldo migratório em relação a 2019.

“Apesar das limitações impostas para combate à pandemia da doença Covid-19 em 2020, os movimentos migratórios internacionais registaram alguma dinâmica”, diz o INE.

A população residente em Portugal no ano passado foi estimada 10.298.252 pessoas, sendo 5.439.503 mulheres e 4.858.749 homens.

Em consequência da redução da natalidade, o número de filhos por mulher em idade fértil caiu para 1,40 em 2020. No ano anterior, era de 1,42.

O envelhecimento demográfico também se acentuou.

O chamado índice de envelhecimento, que compara a população idosa (com 65 anos ou mais) com a população jovem (até os 14 anos), ficou em 167 idosos por cada 100 jovens. Em 2019, eram 163,2 idosos para cada 100 jovens.

A idade mediana da população residente também cresceu, passando de 45,5 anos em 2019 para 45,8 anos em 2020.

Em comparação com o restante da União Europeia –os dados mais recentes comparáveis são de 2019–, Portugal tem a terceira idade mediana mais elevada do bloco.

 

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Recém-inaugurada, escola internacional em Lisboa atrai brasileiros de alto poder aquisitivo https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/recem-inaugurada-escola-internacional-em-lisboa-atrai-brasileiros-de-alto-poder-aquisitivo/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/recem-inaugurada-escola-internacional-em-lisboa-atrai-brasileiros-de-alto-poder-aquisitivo/#respond Mon, 10 May 2021 14:45:27 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/UnitedLisbon4-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2411 Oficialmente inaugurada em abril (mas em soft opening desde setembro de 2020), a United Lisbon, nova escola internacional de Lisboa, rapidamente atraiu os olhares da crescente comunidade de famílias brasileiras de alto poder aquisitivo na capital portuguesa.

Brasileiros e chineses disputam o segundo lugar entre as nacionalidades mais representadas na instituição, uma das poucas a oferecer o currículo americano em Portugal.

Com aulas totalmente em inglês, um time internacional de professores e disciplinas que vão desde música até linguagens de programação, a anuidade escolar começa em 9,8 mil euros (cerca de R$ 62,4 mil), para os primeiros anos de educação infantil, e pode chegar aos 20,6 mil euros (R$ 131 mil) no fim do equivalente ao Ensino Médio.

Para garantir a proficiência também no idioma de Camões, os alunos têm aulas frequentes de português, seguindo um programa bastante similar ao que é o currículo tradicional das escolas lusas.

Uma das salas de aula da escola | Foto: Francisco Nogueira/Divulgação
Uma das salas de aula da escola | Foto: Francisco Nogueira/Divulgação

O aumento da demanda dos brasileiros pelo ensino bilíngue coincide com a chegada de mais famílias brasileiras de alto poder aquisitivo a Portugal. Em outras instituições de ensino internacional, os brasileiros também costumam estar no ranking das principais nacionalidades.

O projeto da United Lisbon mira diretamente as jovens famílias internacionais que têm chegado ao país. Em 2020, apesar da pandemia, Portugal ultrapassou a marca de 700 mil estrangeiros residentes: maior registro da série histórica.

Com a consolidação do país como um polo tecnológico e a chegada de escritórios de grandes empresas de tecnologia, a tendência, segundo analistas, é que a procura pelo ensino internacional siga aquecida.

“Houve o reconhecimento claro de que não haver uma escola internacional no centro de Lisboa era uma barreira ao investimento estrangeiro direto na área”, afirma Chitra Stern, fundadora da United Lisbon International School.

HUB EDUCACIONAL

A escola faz parte do projeto Edu Hub, um investimento de 50 milhões de euros (cerca de R$ 317 milhões)  que está reconvertendo uma área industrial em polo educacional.

Concepção gráfica do Edu Hub, projeto de 50 milhões de euros na região do Parque das Nações, em Lisboa | Foto: Divulgação
Concepção gráfica do Edu Hub, projeto de 50 milhões de euros na região do Parque das Nações, em Lisboa | Foto: Divulgação

O complexo também conta com residências e uma área de escritórios. A primeira empresa residente, que se mudou no começo de maio, é a brasileira Atlantic Hub, especializada em fazer a internacionalização de empresas do Brasil para a Europa.

A iniciativa do Edu Hub é capitaneada pelo Elegant Group, do casal Chitra e Roman Stern, proprietários também da marca hoteleira Martinhal, famosos na Europa pelo luxo “family friendly”.

 

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Portugal vai exigir teste de Covid-19 para voos com origem no Brasil https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/30/portugal-vai-exigir-teste-de-covid-19-para-voos-com-origem-no-brasil/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/06/30/portugal-vai-exigir-teste-de-covid-19-para-voos-com-origem-no-brasil/#respond Tue, 30 Jun 2020 21:31:37 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/covid_aeroporto_lisboa.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=2071 Após o anúncio de que o Brasil ficou de fora da lista de países que terão entrada liberada na União Europeia na primeira fase de reabertura de fronteiras, o governo de Portugal divulgou orientações específicas para a entrada de voos com origem no país. A partir de 1º de julho, passa a ser obrigatório apresentar, antes do embarque, um teste com resultado negativo para o novo coronavírus.

O exame deve ter sido realizado “nas últimas 72 horas antes do embarque, sob pena de lhes ser recusada a entrada em território nacional”.

A determinação foi anunciada na noite desta terça-feira (30), em um despacho conjunto assinado pelos ministros de Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Administração Interna e da Saúde.

A lista de países com entrada liberada foi elaborada pela UE com base em critérios epidemiológicos. Embora a entrada de turistas brasileiros esteja vetada, há situações em que viajantes com origem no Brasil podem ter entrada liberada.

Estão autorizados aqueles que têm cidadania de Portugal ou de outros países da UE e os nacionais de países que fazem parte do espaço Schengen, assim como seus familiares.

Quem tem residência legal em Portugal ou em outro país-membro da UE também está liberado.

Cidadãos brasileiros estão liberados apenas em alguns casos: “viagem por motivos profissionais, de estudo, de reunião familiar, por razões de saúde ou por razões humanitárias e de acordo com o princípio da reciprocidade”, segundo o governo.

Devido à situação da pandemia, a frequência de voos segue bastante reduzida, com voos apenas com origem no Rio de Janeiro e em São Paulo.

As medidas seguem em vigor até 15 de julho, quando serão reavaliadas.

Em meados de março, quando a União Europeia tomou a decisão inédita de fechar suas fronteiras externas, permitiu que cada Estado-membro tivesse a prerrogativa de estabelecer algumas exceções. Portugal sempre manteve, embora com frequência reduzida, os voos com origem no Brasil e em outros países com grande comunidade portuguesa.

Apesar da situação epidemiológica brasileira, classificada como muito preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o primeiro-ministro português, António Costa, minimizou o risco de importação de casos, em declarações à imprensa estrangeira em 15 de junho.

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Com recorde de brasileiros, blocos de Carnaval proliferam em Lisboa https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/02/18/com-recorde-de-brasileiros-blocos-de-carnaval-se-proliferam-em-lisboa/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2020/02/18/com-recorde-de-brasileiros-blocos-de-carnaval-se-proliferam-em-lisboa/#respond Tue, 18 Feb 2020 12:26:17 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/Carnaval_Bue_Tolo2_Lisboa-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1932 Impulsionada pelo aumento da presença brasileira em Portugal (em 2019 o crescimento da população residente foi de 43%, um recorde), a agenda de blocos de Carnaval em Lisboa cresceu e apareceu.

O movimento, que já vinha com força no ano passado, ganhou ainda mais fôlego em 2020.

Desde janeiro, os blocos já estão nas ruas em uma série de ensaios e festas pré-canavalescas.

Do maracatu às tradicionais marchinhas, passando pelo samba e pelo funk, já há blocos de diferentes estilos para curtir a folia na capital portuguesa.

Ao contrário do Brasil, o Carnaval em terras lusas não é feriado, embora algumas empresas e funcionários públicos tenham tolerância de ponto. Por isso, as comemorações mais intensas se concentram no fim de semana.

Colombina Clandestina arrastou foliões pelas ruas de Alfama em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Colombina Clandestina arrastou foliões pelas ruas de Alfama em 2019 | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

Também vale lembrar que, por acontecer em pleno inverno europeu, o Carnaval do outro lado do Atlântico é bem mais “vestido” do que o brasileiro.

No sábado de Carnaval (22/02), os trabalhos começam em Alfama, em frente ao Panteão Nacional, com o já tradicional Colombina Clandestina. A concentração começa às 14h e o cortejo toma as ruas do tradicional bairro lisboeta a partir das 15h.

À noite, há várias festas de carnaval em diferentes pontos da cidade.

Em Portugal, a folia acontece no frio e, às vezes, na chuva | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Em Portugal, a folia acontece no frio e, às vezes, na chuva | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress

No domingo, é a vez de o Bué Tolo + Fábio Allman colocarem o bloco na rua. A concentração começa às 12h no quiosque da Ribeira das Naus.

Em seu terceiro ano na capital portuguesa, o Bué Tolo tem seu nome inspirado no famoso bloco carioca Boi Tolo. A bateria é comandada pelo mestre Leonardo Mesquita, um dos criadores do Empolga às 9, no Rio.

 

Também no domingo, às 15h, no Largo da Rosa, é a vez do Baque do Tejo, com muito maracatu e outros ritmos brasileiríssimos.

Na terça-feira, o Lisbloco faz sua estreia no Carnaval lisboeta. A partir das 14h, no Cais do Sodré, o grupo promete unir a animação brasileira às preocupações ambientais, fazendo um desfile que prega a sustentabilidade.

 

Confira alguns blocos brasileiros:

22/02 (sábado)

14h Colombina Clandestina
Concentração em frente ao Panteão Nacional (Alfama). O cortejo começa às 15h

23/02 (domingo)

12h Bué Tolo
Concentração no quiosque da Ribeira das Naus. Mais tarde, o cortejo segue em direção ao Boteco da Dri, no Cais do Sodré

15h Baque do Tejo
Concentração no Largo da Rosa

25/02 (terça-feira)
14h Lisbloco
Jardim Roque Gameiro (Cais do Sodré)

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Número de estrangeiros vivendo em Portugal dispara em 2019 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/numero-de-estrangeiros-vivendo-em-portugal-dispara-em-2019/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/numero-de-estrangeiros-vivendo-em-portugal-dispara-em-2019/#respond Mon, 30 Sep 2019 11:51:50 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/Protesto_Imigrantes-320x213.jpg https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1789 Dados preliminares do governo português indicam que há cada vez mais estrangeiros chegando para morar no país. Entre janeiro e 15 setembro de 2019, cerca de 83 mil imigrantes foram autorizados a viver em Portugal, o que representa uma alta de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A alta é significativa especialmente porque, em 2018, Portugal já atingira seu recorde histórico de imigrantes: mais de 480 mil, segundo dados do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).

Nos dados publicados agora, divulgados pelo jornal português Público, não há informação sobre a quantidade de novos brasileiros. Ao que tudo indica, porém, os cidadãos do Brasil têm um peso considerável neste fluxo migratório.

Os brasileiros formam, com folga, a maior comunidade de estrangeiros em Portugal. Dados de 2018 mostram alta de 23,4% em relação ao ano anterior, chegando a 105.423 residentes.

Foi o segundo aumento consecutivo, após um período de seis anos de quedas nos números oficiais (de 2011 a 2016).

O número total de brasileiros (e de estrangeiros em geral)  vivendo em Portugal, no entanto, é bem maior do que as estatísticas do SEF. Os números não consideram como brasileiros os que têm dupla cidadania portuguesa ou de outro país da União Europeia. Além disso, também não entram na conta, por motivos óbvios, quem está em situação migratória irregular.

Recentemente, Portugal foi escolhido como terceiro melhor lugar do mundo para estrangeiros viverem, de acordo com uma votação da plataforma Expat Insider.

Mais Ora Pois

 

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Martinho da Vila lança fado em homenagem a brasileiros em Portugal https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/05/09/martinho-da-vila-lanca-fado-em-homenagem-a-brasileiros-em-portugal/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2019/05/09/martinho-da-vila-lanca-fado-em-homenagem-a-brasileiros-em-portugal/#respond Thu, 09 May 2019 10:00:26 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/Martinho_da_Vila-320x213.png https://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1663 Fã de Portugal e visitante habitual do país, Martinho da Vila, 81, traduziu o carinho pela cultura lusitana em uma faixa de seu mais novo álbum. Em vez do samba, porém, o artista decidiu se aventurar no portuguesíssimo fado.

O sambista já havia gravado outras canções deste gênero musical, mas esta é a primeira vez que ele se arrisca na composição de um fado para chamar de seu.

Em “Fado das Perguntas”, Martinho da Vila conta a rotina de um brasileiro que vive em Portugal, com direito às dores e às delícias de se viver no país europeu.

“Fiz esse fado imaginando a vida de um brasileiro em Portugal. Retrata um pouco a situação dele no país:  está gostanto de tudo, mas estranha um pouco o frio. Está feliz, mas ele sente saudades da família, dos amigos que ficaram lá. Aliás, fado é sobre saudades no geral”, conta.

Questionado sobre a experiência de trocar o samba pelo fado, Martinho da Vila solta uma longa risada.

“Na música não dá para dizer o que é melhor ou pior. Tudo tem a ver com o nosso estado de espírito. Se estamos em um estado reflexivo, queremos mais música para pensar. Se estamos numa fase meio devagar, meio down, as músicas românticas acabam nos atingindo mais. Se estamos num estado de alegria total, só queremos saber de música alegre”, sugere.

Martinho também diz ter aproveitado para incorporar na letra referências a diversas coisas que ele aprecia em Portugal, como  vinho e a comida.

 

“Eu vim aqui muitas vezes, andei o país de norte a Sul. Eu gosto muito de Portugal, sinto até falta. Quando não venho para fazer espetáculos, gosto de vir só por vir”, diz ele, que apresentará seu fado ao público lusitano pela primeira vez nesta semana.

Os concertos no Porto (10/05) e em Lisboa (12/05) marcam uma turnê comemorativa de seus 50 anos de carreira e e divulgação de seu trabalho mais recente, “Bandeira da Fé” (Sony Music).

 

Confira a letra de “Fado das Perguntas”:

Lá fora tanto frio, cá na tasca quase nem
Estou só e saúdam-me: tudo bem?
O que desejas
Eu disfarço pedindo um bagaço
Joaquimzinhos
Amêijoas
Pasteizinhos de bacalhau
Pastéis de bacalhau
Pastéis de bacalhau
Pastéis de bacalhau

Depois de um tinho vinho
Da serra um queijinho
Tudo bom Nada mal
Tudo bom Nada mal
Tudo bom Nada mal
Tudo bom Nada mal

Que desejo mais ? Eu pergunto-me
Que almejo mais ? Eu respondo-me
Só tu meu sabor, meu calor
Meu distante amor
Só tu meu sabor, meu calor
Meu distante amor

Mais Ora Pois
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Brasileiros são os que mais se naturalizaram em Portugal em 2016 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/04/10/brasileiros-sao-os-que-mais-se-naturalizaram-em-portugal-em-2016/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/04/10/brasileiros-sao-os-que-mais-se-naturalizaram-em-portugal-em-2016/#respond Tue, 10 Apr 2018 18:18:31 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/25062010-25.06.2010MCA7035-320x213.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1234 O gabinete de estatísticas da União Europeia divulgou seus números mais recentes relativos às novas cidadanias concedidas nos 28 países analisados. Entre eles, Portugal tem a terceira maior taxa de naturalização —relação entre cidadanias concedidas e a população estrangeira total no início de cada ano—, atrás apenas da Croácia e da Suécia.

Os brasileiros lideram a lista de naturalizações no país se Camões, respondendo por 31,7% de todos as cidadanias concedidas.

Ao todo, 7.800 brasileiros se tornaram portugueses em 2016, uma alta de 23,8% em relação a 2015, quando cerca de 6.300 brasileiros se tornaram também cidadãos de Portugal.

Ao todo, 21,5 mil brasileiros pediram a cidadania de algum dos 28 estados analisados, o que nos coloca como a décima nacionalidade que mais fez este tipo de requisição.

A lista, no entanto, é liderada com folga pelos marroquinos, com 101,1 mil naturalizações. Albânia e Índia completam o top 3, com 67,5 mil e 41,7 mil novos europeus, respectivamente.

Entre os brasileiros que pediram cidadania europeia em 2016, 36,6% adquiriram a nacionalidade portuguesa, seguidos por 27% na Itália e 15% na Espanha.

MAIS EUORPEUS

O novo relatório revelou que, após dois anos de queda, as concessões de nacionalidade voltaram a subir na UE em 2016, com quase 1 milhão de novos europeus.

As 994.800 nacionalidades concedidas representam uma alta de 18% com relação ao ano de 2015.

Mais Ora Pois
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Empresas que auxiliam na mudança para Portugal fazem sucesso entre brasileiros https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/01/25/empresas-que-auxiliam-na-mudanca-para-portugal-fazem-sucesso-entre-brasileiros/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2018/01/25/empresas-que-auxiliam-na-mudanca-para-portugal-fazem-sucesso-entre-brasileiros/#respond Thu, 25 Jan 2018 11:35:00 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/Untitled-design-1-1-180x120.png http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=1149 Nos últimos três anos, com a crise econômica e política se intensificando no Brasil —e praticamente acabando em Portugal—, cada vez mais brasileiros têm optado por cruzar o Atlântico em busca de mais segurança e qualidade de vida.

Com alto poder aquisitivo, esse grupo está movimentando o setor de comércio e serviços em áreas nobres de Lisboa e do Porto, além de criar uma demanda especial: as assessorias de recolocação para quem quer se transferir para a terra de Camões.

De olho nesse mercado, brasileiros “veteranos” no país estão embarcando no setor conhecido como “relocation” no jargão da área.

Há cerca de dez anos em Portugal, as cariocas Tatiana Sabatie e Fabiana Barcellos fazem parte deste time. A dupla resolveu transformar em negócio os serviços que já prestavam informalmente para amigos e conhecidos. Nascia assim a W.H.Y (We Host You).

“Nós prestamos o serviço que gostaríamos que alguém nos tivesse oferecido quando chegamos aqui”, conta Tatiana, elencando a burocracia de Portugal como uma das maiores dificuldades para os “novatos”.

“Muitas vezes, dependendo de com quem você fala em um determinado lugar, acaba com uma informação diferente. As coisas funcionam, mas podem ser muito desencontradas”, diz.

Além de ajudar em aspectos básicos, como abertura de contas em banco e obtenção do NIF (espécie de CPF lusitano), muitas assessorias também ajudam a encontrar apartamentos e até escolher a melhor escola para matricular os filhos.

As empresárias cariocas Tatiana Sabatie e Fabiana Barcellos abriram uma empresa para auxiliar na mudança de brasileiros para Portugal | Foto: Fernando Donasci/Folhapress
As empresárias cariocas Tatiana Sabatie e Fabiana Barcellos abriram uma empresa para auxiliar na mudança de brasileiros para Portugal | Foto: Fernando Donasci/Folhapress

“Temos muitos clientes que nunca vieram a Portugal antes de se mudarem para cá, mas conhecem pessoas que tiveram uma boa experiência ao mudar de país. Elas veem que é um país seguro e acabam tomando a decisão, mesmo sem nunca ter visitado Portugal”, conta Fabiana Barcellos.

Baseadas na região de Cascais, uma região perto da praia que virou uma espécie de polo dos brasileiros endinheirados na zona de Lisboa, a dupla ainda promove eventos para integrar os recém-chegados.

“É para todo mundo se conhecer, mas temos a preocupação de expandir os horizontes. Não é para formar uma comunidade só de brasileiros, que não interagem a cultura e as pessoas do país”, completa.

Mais Ora Pois

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‘Portugal é a porta de entrada do Brasil para o espaço europeu’, diz novo embaixador brasileiro https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2016/12/19/portugal-e-a-porta-de-entrada-do-brasil-para-o-espaco-europeu-diz-novo-embaixador-brasileiro-2/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2016/12/19/portugal-e-a-porta-de-entrada-do-brasil-para-o-espaco-europeu-diz-novo-embaixador-brasileiro-2/#respond Mon, 19 Dec 2016 09:11:57 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2016/12/figueiredo_machado-180x122.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=642 Ex-ministro das Relações Exteriores (2013-2014) e antigo negociador-chefe do Brasil em questões ambientais, Luiz Alberto Figueiredo Machado, 61, é  novo embaixador do Brasil em Portugal. Conhecido no meio diplomático como um estrategista, o carioca diz que as relações entre Portugal e Brasil passam por um momento de recuperação e que há bastante espaço para estreitar os laços econômicos.

“Portugal é como a porta de entrada do Brasil para o espaço europeu. Uma empresa brasileira que queira ter acesso ao espaço econômico da Europa encontra em Portugal oportunidades de se instalar e expandir os seus negócios para a Europa em circunstâncias mais favorecidas do que se ela não viesse para cá”, avalia o embaixador, reforçando seu apoio para um futuro acordo entre o Mercosul e a União Europeia, atualmente em discussão.

Com cerca de 85 mil cidadãos vivendo legalmente e, estima-se, pelo menos outros 15 mil de forma irregular, os brasileiros foram a maior comunidade de estrangeiros em Portugal. Uma situação que gera oportunidades, mas também muitos desafios, sobretudo em um momento de recrudescimento das políticas de regularização de imigrantes e de acesso a serviços públicos.

No cargo desde o fim de outubro, Figueiredo Machado me recebeu para uma entrevista na Quinta de Milflores —uma histórica propriedade do século 17 onde está instalada a embaixada do Brasil em Lisboa—, onde comentou essas e outras questões.

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Em que estágio estão as relações empresariais entre Portugal e Brasil?

Eu vejo Portugal como a porta de entrada do Brasil para o espaço europeu. Uma empresa brasileira que queira ter acesso ao espaço econômico da Europa encontra em Portugal oportunidades de se instalar e de, portanto, expandir os seus negócios para a Europa em circunstâncias mais favorecidas do que se ela não viesse para cá.

Nós todos queremos que haja um acordo que abra as portas da Europa para os nossos produtos. Eu sempre fui um ardoroso defensor desse acordo. Mas isso é também muito interessante em termos empresariais e que o investimento que seja feito aqui em parceria ou não com empresas portuguesas para acessar o mercado europeu.

Essa relação hoje não é bem explorada?

Eu acho que pode ser mais bem explorada. Mas obviamente isso dependerá de decisões de cada empresa e de políticas empresariais que não me cabem comentar. Mas abre-se essa opção que é bastante interessante para as empresas brasileiras que queiram se internacionalizar.

Muita gente diz que Portugal considera o Brasil como um país irmão, mas que Brasil vê Portugal como um primo distante. O senhor considera desta maneira?

Não vejo dessa forma. Basta ver o número de brasileiros que vêm a Portugal para visitar. Você não visita um primo distante. E há um enorme interesse por Portugal no Brasil. Basta andar nas ruas aqui e ver a quantidade de brasileiros. E que bom que é assim, porque isso reforça ainda mais o aspecto humano da relação.

A imigração brasileira mudou um pouco de perfil, com profissionais qualificados também vindo para Portugal. O senhor não teme uma fuga de cérebro com os acordos que permitem essa mobilidade?

Eu acho que a movimentação de profissionais qualificados é benéfica. Porque há um intercâmbio de experiência. Sempre que um profissional brasileiro vem para cá, ele traz com ele toda uma bagagem de experiências que ele vai usar. Isso é bom para a economia portuguesa e vice-versa. Todo profissional português que vai para o Brasil, ele leva uma bagagem em benefício da nossa sociedade e da nossa economia.

Eu vivi durante vários anos nos EUA, onde eu servi como diplomata. E eu percebi que lá existe uma movimentação muito grande entre médicos e outros profissionais de várias origens. E isso leva lá, no caso deles, a um enriquecimento do país. E não a um empobrecimento.

Sempre entram cérebros, também sairão cérebros por circunstâncias. Mas o fato é que o intercâmbio traz uma oxigenação às profissões que parece ser bem interessante.

Qual a opinião do senhor em relação à possível revisão do acordo ortográfico, que ainda encontra muita resistência em Portugal?

A língua vai ter sempre diferenças, e é bom que tenha. Como há como inglês dos Estados Unidos para o inglês da Inglaterra e da Austrália. Eles acabam sendo muito diferentes na pronúncia, mas se entendem perfeitamente no discurso, embora haja diferenças também.

Nosso caso com os portugueses é que nós temos diferenças entre os demais países de língua portuguesa na hora de pronunciar. E temos, sim, cada um de nós, regionalismos. Mas nada disso impede uma comunicação fluida. E, obviamente, é importante um acordo que permita ainda mais facilidade na comunicação. Tudo o que aproxima é bom. Claro, respeitados regionalismos, respeitadas certas características culturais. Isso é bom que se mantenha, porque todo idioma é vivo.

Nós criamos no Brasil sempre muitas palavras novas.

O senhor considera ter havido uma deterioração nas condições dos imigrantes?

Eu tenho a percepção que, na Europa, Portugal tem sido um país bastante generoso em relação a imigrantes e até a refugiados. A sociedade portuguesa, eu vejo a discussão, sempre em todos os jornais, há um sentimento sempre de solidariedade. É caso que sempre haverá uma voz discordante, porque democracias são assim.

Como está o interesse dos portugueses pela cultura brasileira?

Parte do trabalho das nossas embaixadas é a promoção cultural do país. Então nós buscamos que os artistas brasileiros sejam recebidos, admirados, ouvidos e vistos. E na grande maioria dos países é sempre um trabalho de formiguinha para tentar abrir espaços. Em Portugal, os espaços já existem e são amplos e genuínos devido à existência de uma demanda pela arte brasileira.

Nós vemos peças de teatro brasileiras, filmes brasileiros no circuito comercial. Sempre há algum cantor, alguma manifestação cultural acontecendo. A embaixada atua, sim, na área de promoção cultural. Porém, não nessa mesma escala. Nós fazemos muitas palestra sobre temas brasileiros, com professores brasileiros, algumas exposições. Coisas, digamos, menos comerciais e que são quase um complemento desse grande espaço cultural que nós temos aqui.

Figueiredo Machado, então ministro de Relações Exteriores, recebe visita de Guterres, que chefiava a agência de refugiados da ONU, em Brasília | Foto: Ana de Oliveira - 02.dez.2014/AIG-MRE
Figueiredo Machado, então ministro de Relações Exteriores, recebe visita de Guterres, que chefiava a agência de refugiados da ONU, em Brasília | Foto: Ana de Oliveira – 02.dez.2014/AIG-MRE

Qual a sua expectativa para o trabalho em Portugal?

Ser embaixador aqui é muito gratificante e intenso. Justamente pela proximidade da relação entre os dois países, é muito impressionante. Politicamente a relação está em um excelente momento.

Estou extremamente animado com essa nova fase, quase com uma retomada das relações. Houve a cúpula Brasil Portugal em Brasília, que passou por vários temas da agenda bilateral. Desde comércio até questões como reconhecimento dos diplomas. Mas também deu ímpeto natural à relação e ao entendimento. Portugal tem sido um parceiro muito importante do Brasil na esfera internacional. Nós valorizamos muito isso.

Além disso, Portugal hoje em dia, aliás como resultado de seu papel e esforços da diplomacia portuguesa, vamos ter um secretário-geral da ONU pela primeira vez que fala a nossa língua. António Guterres é um motivo de grande satisfação para o Brasil, porque era a pessoa mais qualificada para o cargo. Sabemos com certeza que vamos ter nele uma pessoa muito sensível e atualizada nos problemas mundiais. É um amante da paz. Uma pessoa que sabe construir pontes, que é a grande função do secretário-geral da ONU.

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Portugal agiliza passagem de brasileiros por aeroporto, mas só na saída do país https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2016/07/19/portugal-inicia-operacao-que-agiliza-passagem-de-brasileiros-por-aeroportos/ https://orapois.blogfolha.uol.com.br/2016/07/19/portugal-inicia-operacao-que-agiliza-passagem-de-brasileiros-por-aeroportos/#respond Tue, 19 Jul 2016 19:59:52 +0000 https://orapois.blogfolha.uol.com.br/files/2016/07/sef_rapid4all-180x135.jpg http://orapois.blogfolha.uol.com.br/?p=471 Portugal inaugurou nesta segunda-feira uma operação automatizada que agiliza a passagem de cidadãos brasileiros (e de mais oito nacionalidades, incluindo americanos e canadenses) pelas fronteiras do país. Por enquanto, as medidas valem apenas para a saída do território português pelo aeroporto de Lisboa.

No último mês, houve muita especulação de que o serviço estaria disponível já na chegada a Portugal, o que dispensaria a necessidade da tradicional entrevista na imigração. Por enquanto, não há data prevista para isso acontecer.

O SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), que controla a entrada em território português, afirmou que “está a trabalhar no sentido de poder alargar o sistema às chegadas, bem assim como a outros postos de fronteira portugueses”.

Batizado de Rapid4All, o sistema estende para esses países não europeus o mesmo mecanismo que antes já estava disponível para os cidadãos do bloco. Em vez de passarem por um agente, os viajantes colocam o passaporte em um leitor eletrônico que capta as informações e automatiza a saída.

COMO FUNCIONA

Por enquanto, só pode se beneficiar do sistema quem entrou na Europa (espaço Schengen) por Portugal e não tenha excedido o tempo legal de permanência. Além disso, é preciso que o viajante tenha mais de 18 anos e possua um passaporte eletrônico.

Ao colocar o documento de viagem no leitor, o sistema fará a validação do passaporte e o comparará com a base de dados. Há uma máquina fotográfica que registra imagens dos passageiros e compara sua aparência às informações biométricas armazenadas no chip. Se todos os elementos de segurança forem aprovados, a porta se abrirá.

Leitor eletrônico identifica informações do passaporte e máquina fotográfica compara informações biométricas (Foto: SEF/Divulgação)
Leitor eletrônico identifica informações do passaporte e máquina fotográfica compara informações biométricas (Foto: SEF/Divulgação)

Em seguida, um agente do serviço de imigração colocará o carimbo de saída no passaporte e o viajante poderá seguir para o embarque.

Segundo o SEF, as novas medidas trarão agilidade, mas sem prejudicar a segurança nos aeroportos do país.

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