Bem avaliado pelos portugueses, com a popularidade acima dos 70% durante a maior parte do mandato de 5 anos, Rebelo de Sousa lidera com folga as pesquisas de intenção de voto e parece se encaminhar para garantir a vitória já no primeiro turno.
Em um discurso curto, na tarde desta segunda-feira (7), ele declarou publicamente sua intenção de permanecer no Palácio de Belém.
“Sou candidato à Presidência da República porque temos uma pandemia a enfrentar, uma crise econômica para vencer e uma oportunidade única para mudar Portugal para melhor. Na economia, mas sobretudo no nosso dia a dia, reforçando a nossa coesão social e territorial, combatendo a pobreza, promovendo o nosso crescimento e o emprego”, justificou.
Apesar de ter construído sua carreira política no principal partido da centro-direita portuguesa, o PSD (Partido Social-Democrata), que chegou a liderar, Marcelo Rebelo de Sousa concorrerá nestas eleições, mais uma vez, como independente.
Em Portugal, ao contrário do Brasil, os candidatos podem concorrer nas eleições presidenciais sem estarem vinculados a um partido. Para isso, basta que reúnam as condições legais exigidas pelo cargo –possuir cidadania portuguesa de origem (não pode ser naturalizado), ser eleitor e ter mais de 35 anos– e que apresentem pelo menos 7,5 mil assinaturas válidas em apoio à candidatura.
PROXIMIDADE
Desde que assumiu a Presidência da República, há quase 5 anos, Marcelo Rebelo de Sousa adotou um tom de proximidade e contato com a população pouco comum em outros políticos lusos.
Um exemplo disso é o fato de ele ser tratado, inclusive pela imprensa, apenas pelo primeiro nome: Marcelo. O habitual, em Portugal, é que políticos sejam tratados pelo sobrenome.
A desenvoltura do chefe de Estado, e a aparente intimidade de muitos portugueses com ele, é antiga. Durante mais de 30 anos, Marcelo Rebelo de Sousa, que é professor de direito e também foi jornalista, teve uma coluna de opinião em horário nobre na televisão aberta.
As muitas viagens, as aparições prolongadas em eventos e as muitas declarações sobre temas da atualidade política são algumas das críticas a ele dirigidas, que o acusam de uma espécie de novo populismo.
Nadador experiente, ele costuma dar um mergulho todas as manhãs, mesmo no inverno. Neste momento, é comum tirar fotos com os banhistas.
]]>O chefe de Estado português estava na praia, aproveitando o início de suas férias, quando avistou as duas banhistas. Elas estavam em uma canoa que, por conta das fortes correntes, acabou virando. Apesar de vestir coletes salva-vidas, a dupla não conseguia se sair das ondas e já estava engolindo água.
Auxiliado por um outro banhista, o Presidente da República nadou até o local do incidente e ajudou a resgatar as duas mulheres.
Marcelo Rebelo de Sousa aguardou junto às jovens a chegada do salva-vidas, que em Portugal se chama nadador-salvador.
O momento foi capturado por dezenas de frequentadores do Algarve, o principal destino de praia em Portugal.
Em entrevista ao canal português SIC Notícias após o resgate, Marcelo Rebelo de Sousa comentou o caso.
“Engoliram muita água. Não eram capazes de virar, subir para o barco ou nadar para terra devido à força da corrente”, afirmou.
“Para o futuro, elas têm de ter muito cuidado. Porque, apesar de terem coletes, elas não sabiam nadar muito bem. E mesmo quem sabe nadar muito bem, querer ir para fora e depois voltar para terra, na idade delas, que são muito miúdas [jovens], é muito difícil”, acrescentou.
O resgate na praia algarvia foi só mais um capítulo das midiáticas aparições do presidente de Portugal nas areias do país.
Fã de banhos de mar, ele é constantemente flagrado dando um mergulho, especialmente na região de Cascais, onde mora.
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Jorge Jesus tornou-se comendador. O treinador recebeu a chamada ordem infante d. Henrique, que premia aqueles que prestaram serviços relevantes a Portugal e ajudaram a “expansão da cultura portuguesa” e para o “conhecimento de Portugal, da sua história e dos seus valores”.
Visivelmente emocionado, o técnico português agradeceu o carinho dos brasileiros e, principalmente, dos flamenguistas.
“Nós [a equipe técnica desta temporada] vamos ficar sempre ligados não só à nação do Brasil, mas à nação do Flamengo. E a nação do Flamengo são 50 milhões”, afirmou.
“Para mim, esta condecoração vai além do futebol, porque eu senti isso no Flamengo. Além de estar a representar um clube, estava a representar o meu país e por isso, quando subi ao pódio, lembrei-me logo de levar a bandeira de Portugal às costas”, afirmou.
Em entrevista coletiva após a condecoração, Jorge Jesus desconversou sobre a renovação com o rubro-negro e a possibilidade de ida para outros times, no Brasil ou no exterior.
“Tenho contrato até junho, são quase sete meses”, disse, destacando que as negociações ficarão mais para a frente.
Sobre a possibilidade de regressar ao futebol português, o técnico disse que pretende que isso aconteça um dia, mas que, agora é uma possibilidade que “ficou mais distante”.
Antes de comandar o Flamengo (após uma breve passagem pelo futebol da Arábia Saudita), Jorge Jesus liderou alguns dos clubes mais importantes de Portugal. Em sua temporada no Benfica, time mais popular do país (entre 2009 e 2015), os encarnados ganharam dez títulos (recorde do clube) e chegaram a duas finais da Liga Europa.
Antes de entregar a medalha, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou as afinidades entre Brasil e Portugal e a importância de ter vencido uma competição esportiva no maior clube da maior nação lusófona do mundo.
“Jorge Jesus contribuiu e contribui para projetar o prestígio de Portugal, no mundo do desporto, mas em geral em termos sociais e isto num país que nos é muito querido”, disse o chefe de Estado.
Do lado de fora, alguns torcedores esperavam a chegada do técnico.
Morando em Portugal há mais de 50 anos, a brasileira Sônia Ramires fez questão de esperar Jorge Jesus na porta do palácio de Belém.
“Estou aqui para honrar os meus dois países este grande técnico”, afirmou, segurando uma bandeira de Portugal e outra do Brasil.
A declaração foi feita ao embaixador do Brasil em Portugal, Luiz Alberto Figueiredo Machado, durante um evento nesta sexta (30) no Centro de Congressos de Lisboa.
“Estou esperando o convite, porque eu, em princípio, vou à posse no dia 1”, disse o chefe de Estado luso, que acrescentou que deve chegar ao Brasil já no dia 30 de dezembro.
Fenômeno de popularidade em seu país, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito presidente em 2016 como independente, mas construiu toda a sua carreira no principal partido de direita em Portugal, o PSD.
No dia 28 de outubro, logo após a confirmação de que Bolsonaro havia vencido o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), o presidente português divulgou uma nota informando que havia enviado uma mensagem para o capitão reformado para parabenizá-lo pelo resultado.
Segundo o palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa “fez referência aos laços de fraternidade que unem Portugal e o Brasil e à significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes no Brasil, bem como à cada vez mais importante comunidade brasileira”em Portugal.
Em 2002, Jorge Sampaio, então presidente de Portugal, compareceu à posse do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Já em 2010, foi a vez de um chefe de governo português. Primeiro-ministro luso na altura, José Sócrates, amigo pessoal de Lula, esteve presente na posse de Dilma Rousseff (PT).
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“Portugal quer ser a plataforma das empresas brasileiras que buscam investimento na Europa”, diz Rebelo de Sousa, antes de enumerar o que, na sua opinião, são as várias vantagens de se fazer negócios do outro lado do Atlântico.
“O ecossistema [de investimentos] está muito bem organizado em Portugal. Se você quer criar uma empresa, você tem todo o tipo de apoio. Você tem incubadora, aceleradora, vários espaços de co-working. Hoje você tem um ecossistema de start-ups e empresas estrangeiras se estabelecendo em Portugal, inclusive fazendo pesquisa e desenvolvimento”, conta o executivo
“No Brasil, se você não tem dinheiro para começar a sua empresa, é muito difícil você conseguir investidor nesse early stage. O grande investimento é mais fácil no Brasil, porque há alguns fundos dedicados a isso. Mas aí você tem de estar faturando R$ 10 milhões, ter pelo menos 3 anos de operação. Isso dificulta muito”, diz Rebelo de sousa.
Presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa diz que a parceria entre empreendedores portugueses e brasileiros pode ser benéfica também na perspectiva lusitana.
“A proposta é que start-ups brasileiras venham para Portugal e testem o seu conceito, a sua versão beta. Assim pode-se ver se a prova de conceito funciona, começar a faturar o seu primeiro, segundo milhão de euros, e depois começar a crescer e internalizar para o Brasil”, explica.
Portugal quer ser país das start-ups
Nos últimos anos, Portugal tem investido em iniciativas para se consolidar como um polo internacional das novas empresas de tecnologia.
Entre as medidas estão a criação de um fundo de investimentos, o Portugal Ventures, além de uma série de incentivos governamentais.
Na semana passada, foi anunciado até um regime especial de vistos para empreendedores estrangeiros que queiram abrir uma start-up no país.
“Portugal é um país de dez milhões de habitantes e tem uma empresa unicórnio [start-up avaliada em mais de R$ 1 bilhão], enquanto o Brasil, que é um país de 200 milhões de habitantes, não tem nenhuma”, diz o empresário, destacando as experiências bem-sucedidas de Portugal no assunto.
Comemorado em 10 de junho — em homenagem à data da morte do poeta Luís de Camões—, o dia é descrito como um momento de celebrar o orgulho português e também a cultura dos vários países lusófonos.
Neste ano, São Paulo —maior cidade lusófona do mundo e que, com 12 milhões de habitantes, é mais populosa do que Portugal— virou uma espécie de epicentro cultural da data.
Música, vinhos, esportes, humor e até uma réplica do famoso bondinho amarelo de Lisboa fazem parte das comemorações, organizados no âmbito do festival Experimenta Portugal, realizado pelo consulado português em São Paulo.
Na noite de sábado, o presidente e o primeiro-ministro assistem a um show da fadista Gisela João no Theatro Municipal, cuja renda será totalmente revertida para a Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo.
O fim de semana também é marcado por um festival de vinhos portugueses no shopping JK Iguatemi.
A famosa réplica do Eléctrico 28, de Lisboa, estará no shopping neste fim de semana e, depois, ficará exposta no viaduto do Chá, entre os dias 13 e 23 de junho.
Para conferir a programação completa, acesse o site da organização.
Uma curiosidade: a cidade de São Paulo também “abraçou” as comemorações, e vários monumentos foram iluminados com o vermelho e verde da bandeira portuguesa. Entre eles: a ponte Estaiada (Marginal Pinheiros), o monumento às bandeiras e o obelisco do Ibirapuera e até a sede da Prefeitura, no Anhangabaú.
Neste sábado, dia 10, será a vez do Theatro Municipal.
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]]>Essa modalidade de presidência “com afeto” parece estar agradando os portugueses, que têm seguido o presidente em suas midiáticas aparições.
Na última quarta-feira (9), após os rituais tradicionais da posse, Marcelo reuniu milhares de pessoas em um animado show com a participação de vários cantores bastante conhecidos em Portugal, incluindo a fadista Mariza e o sucesso de R&B angolano Anselmo Ralph.
No primeiro fim de semana no cargo, ele abriu as portas do Palácio de Belém (sede da Presidência) para os portugueses. Embora a atitude não tenha sido inédita, o público foi recorde: 6 mil pessoas.
Além de visitarem gratuitamente as instalações e conhecerem o interior do casarão rosa que é o símbolo da República no país, os cidadãos ainda foram cumprimentados por um sorridente presidente, que, como se ainda estivesse em campanha, posou para fotografias e distribuiu beijos e abraços.
PROXIMIDADE
A diferença em relação a seus antecessores no cargo já começa pela maneira com que os portugueses se referem ao novo presidente: apenas pelo primeiro nome, Marcelo. Todos os outros, inclusive o último a ocupar o cargo, Aníbal Cavaco Silva (que anteriormente já havia sido primeiro-ministro), só eram referidos por seus sobrenomes.
Após 15 anos como comentarista político em horário nobre na televisão, Marcelo Rebelo de Sousa já era um dos rostos mais conhecidos do país antes mesmo de se tornar presidente. Sua notabilidade entre os portugueses fez com que ele não usasse cartazes e outros métodos “tradicionais” de propaganda.
Mesmo sem os outdoors eleitorais, o comentarista e professor de direito foi eleito no primeiro turno, sem grande dificuldade, para um mandato de cinco anos, com possibilidade de reeleição.
As expectativas em relação às ações do novo presidente estão elevadas. Em uma pesquisa de opinião divulgada na semana passada, 88,7% dos entrevistados acreditam que “Marcelo vai ser melhor presidente que Cavaco [Silva, seu antecessor]”.
Embora tenha sido uma das mais atuantes figuras da política portuguesa, o ex-presidente Aníbal Cavaco Silva deixou o cargo amargando baixíssimos índices de aprovação, em meio a suspeitas sobre a compra de ações em um banco socorrido pelo Estado e o veto à lei que garantia a adoção de crianças por casais homossexuais.
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