O país de Camões levou a melhor sobre vários locais badalados, incluindo as Maldivas, os Estados Unidos e a vizinha Espanha.
O vencedor é decidido com base nos votos online de milhares de viajantes e de profissionais do setor de turismo de diversas partes do mundo.
A capital portuguesa também conquistou um tricampeonato. Lisboa foi escolhida pelo terceiro ano consecutivo como o melhor destino “city break” –espécie de escapadinha na cidade– do mundo.
Portugal ao todo 19 condecorações nesta edição do World Travel Awards, incluindo a melhor atração de turismo de aventura (Passadiços do Paiva, em Arouca) e melhor destino insular do mundo (arquipélago da Madeira).
A premiação foi entregue aos vencedores em Omã na última quinta (28).
A partir de 30 projetos idealizados entre 1954 e 2019 –alguns jamais saídos do papel–, a exposição percorre a trajetória do arquiteto de maneira ampla, desde sua formação até o amadurecimento de seu estilo autoral.
O material é diversificado, incluindo maquetes, fotografias detalhadas, plantas e esboços originais de algumas das principais obras de Álvaro Siza Vieira, como o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, a sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o famoso prédio Bonjour Tristesse, em Berlim.
O próprio prédio do Museu de Serralves, aliás, foi projetado por ele.
Curador da mostra, Nuno Grande destaca a riqueza presente nos cadernos de esboços do arquiteto, onde ele registrou em detalhes observações e ideias para alguns de seus principais trabalhos. Segundo o curador, este material permite mostrar a inquietude e a “indisciplina na disciplina” de Álvaro Siza Vieira.
Em conversa com jornalistas antes da inauguração da exposição, o arquiteto destacou o fato de seus projetos mais recentes serem na Ásia, sobretudo na China. “Aqui a manutenção de um atelier de arquitetura é impossível. Lá tem corrido bem. Pagam, e respeitam os projetos”, disse.
Na parte final da mostra há ainda uma seleção de fotografias feitas por fotógrafos que têm uma relação de amizade com Álvaro Siza Vieira.
Também é possível conferir uma sala recheada de retratos pessoais do arquiteto, incluindo registros de sua infância e vida em família. Uma pequena televisão instalada no espaço exibe seu discurso na cerimônia do prêmio Pritzker, em 1992.
Serviço
Álvaro Siza – In/Disciplina
Em cartaz até 2 de fevereiro de 2020
Museu de Arte Contemporrânea de Serralves
Rua D. João de Castro, 210, Porto, Portugal
Ingressos a partir de 12 euros (R$ 53)
É o caso de Ponte da Barca, na região do Minho, no Norte do país.
Localizada a menos de uma hora de distância do Porto, esta simpática cidade conjuga atrações históricas, belezas naturais e uma boa oferta gastronômica e de vinho (com direito às generosas porções que fazem a fama do interior de Portugal).
Como o próprio nome já antecipa, Ponte da Barca foi batizada com referência a uma imponente ponte construída no século 15 e que ainda em funcionamento.
A vista da ponte –e seus característicos arcos de pedra refletindo sobre as águas cristalinas do rio Lima– é um dos principais cartões postais da região.
Compacto, o centro histórico e suas construções medievais são facilmente percorríveis a pé.
O entorno do rio Lima também é convidativo para esticar as pernas, com vários caminhos interessantes e muitas paradas estratégicas, seja para uma foto ou só para sentar em uma pracinha e apreciar a paisagem.
Há ainda uma ecovia, que facilita a ligação, de bicicleta, de Ponte da Barca à cidade de Viana do Castelo.
Castelo
O castelo de Lindoso fica a uma curta distância de carro. A fortificação tem um papel importante na história de Portugal, especialmente em relação ao conflito com os vizinhos espanhóis.
A construção do castelo começou no século 13, determinada por d. Afonso 3º. Mais de um século depois, ele foi ampliado por d. Diniz. Apesar de bem guardado, o castelo foi dominado pelos invasores espanhóis, que acabaram por aumentá-lo ainda mais e construir as características muralhas externas, que têm formato de uma estrela.
Espigueiros
Em frente ao castelo está instalada a maior concentração de espigueiros do país, com 67 deles. O primeiro dele surgiu em 1721 e muitos permanecem em uso até hoje.
Essas construções, que parecem casinhas retangulares elevadas, servem para armazenar e secar o milho depois da colheita.
Os espigueiros estão erguidos a 1,10 m de distância do solo para proteger as espigas da umidade. O formato inclinado de duas pilastras também dificulta que ratos e insetos consigam alcançar os grãos.
Os espigueiros são construídos em pedra (granito, abundante na região) e madeira. Em geral, quanto mais elementos de pedra (a matéria prima mais cara), mais rica é a família que o possui.
Natureza
Parte do território de Ponte da Barca está na reserva de Peneda-Gerês, o único parque nacional de Portugal.
Por conta disso, não faltam opções de passeio para ver a natureza exuberante e a fauna característica da região.
Sobram águias e pássaros de todos os tipos.
Entre as atividades aquáticas, a canoagem e o stand up paddle são as mais populares.
Quem só quiser aproveitar a paisagem, tem a opção da praia fluvial, com uma boa infraestrutura, e algumas cachoeiras,
Culinária
Um dos principais pratos da região é a chamada posta barrosã, um gigantesco naco de carne servido normalmente com batatinhas e arroz de feijão.
A iguaria é tão apreciada que já tem até um fim de semana inteiramente dedicado a ela no calendário oficial da cidade.
A chamada carne barrosã tem uma denominação de origem certificada, reconhecida pela União Europeia, e precisa obedecer a critérios específicos. Ela tem de vir de um bovino da raça barrosã, abundante na região do Minho.
Segundo os especialistas, a carne barrosã é tenra e suculenta, ideal para um bife enorme, como os servidos nesta zona do país.
A região de Ponte da Barca também tem uma extensa produção de mel. Por isso, não se deve perder a chance de experimentar a doçaria local. Em especial o famoso bolo de mel local.
Vinhos
A produção de vinho é a principal atividade econômica do município, e os vinhos de Ponte da Barca são bastante apreciados no país.
O destaque fica entre os vinhos brancos, especialmente os das castas alvarinho e loureiro, que se desenvolvem bem na região.
Para acompanhar a posta barrosã e outros pratos de carne, os locais normalmente apostam no chamado vinhão: um vinho tinto bastante encorpado, com sabor forte e que chega a deixar os lábios arroxeados.
Para apreciar a bebida como um minhoto, o ideal é abrir mão da taça e optar pela malga, espécie de tijela usada justamente para servir o vinhão.
disperso e muito da obra de Alexandre Rodrigues Ferreira caindo no esquecimento.
Conforme levantamentos anteriores, a capital portuguesa permanece como o município mais caro para se comprar uma casa. O preço mediano do metro quadrado em Lisboa agora é de 2.877 euros (cerca de R$ 12,1 mil). Uma alta de 24,3% em relação ao penúltimo trimestre de 2017.
O valor das casas fica ainda mais elevado nos bairros nobres lisboetas, onde o metro quadrado passa dos 3.500 euros (aproximadamente R$ 14,7)
No Porto, segunda maior cidade portuguesa, dos preços foi de 21,6%, chagando-se à mediana de 1.525 euros (cerca de R$ 6,4 mil) por metro quadrado.
Quando se considera todo o país, a alta foi mais modesta: 7,9%. De acordo com os dados, o valor mediano do metro quadrado em Portugal chegou a 984. No mesmo período do ano anterior, era de 950 euros.
Recuperação
Após um período de retração durante a crise econômica iniciada em 2008, o mercado de imóveis em Portugal tem estado cada vez mais aquecido nos últimos quatro anos.
Com os preços cada vez mais altos, muitos portugueses têm se queixado da gentrificação das grandes cidades. Em Lisboa, a Câmara Municipal, equivalente da Prefeitura, aprovou uma lei para limitar a criação de novas unidades de aluguel por temporada que, segundo especialistas, ajudavam a pressionar o preço das habitações.
Depois que o homem de 60 anos despencou de uma altura de 3,3 metros na inusitada obra de arte –que acabou ganhando o apelido de “buraco de desenho animado” graças à semelhança com os artefatos presentes nas animações como “Papaléguas”–, houve um aumento de interesse significativo pela mostra e, principalmente, pelo trabalho em questão.
A fundação não divulga números, mas entre os funcionários do museu, esta percepção é generalizada.
“Acho que aumentou bastante. Houve quem tenha dito ter vindo à exposição só para ver esta obra. Até de Israel”, conta Filipe Brandão, um dos assistentes que controla a entrada no espaço onde está vão.
Por medida de segurança, apenas quatro pessoas podem visitar a obra por vez. Todas têm de assinar um termo de responsabilidade e apresentar um documento de identificação na porta.
Menores de 16 anos também estão vetados e, quem tem menos de 18, só pode ir se estiver acompanhado de um responsável.
Uma vez perto da obra, não se pode ficar a menos de 50 centímetros da cavidade.
“Como todas as peças dele, é uma obra que confunde. Há sempre esse jogo óptico, de ilusão”, comenta Marta Almeida, diretora-adjunta de Serralves e produtora da exposição.
As medidas de segurança, segundo a direção do museu, já existiam antes do acidente, mas foram reforçadas. O turista acidentado, que teve apenas ferimentos leves, teria ignorado a sinalização de aviso e entrado sem a presença do assistente, contrariando as regras.
BURACO ARTÍSTICO
Famoso por suas obras que brincam com ilusão de óptica e perspectiva, o artista britânico Anish Kapoor usou um tipo especial de pigmento que praticamente não reflete a luz ambiente. Com isso, o buraco de mais de um metro de diâmetro parece uma mera pintura negra sobre o solo.
Batizada com o sugestivo nome de “Descida para o Limbo”, a instalação foi criada em 1992 pelo artista britânico nascido na Índia.
Considerado um dos maiores nomes da arte contemporânea, Kapoor é muito mais do que o buraco. Em sua primeira exposição individual em Portugal, a Fundação de Serralves, referência mundial na área, fez um apanhado abrangente do artista.
“Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências” fica em cartaz até janeiro de 2019 e traz também trabalhos inéditos do artista.
Construída em vermelho chamativo, a peça “Sectional Body preparing for Monadic Singularity” foi apresentada ao público na Bienal de Versalhes de 2015 e é um dos destaques da mostra.
Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências
De 6 de julho de 2018 a 6 de janeiro de 2019
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Valor: 10 € , grátis para menores de 12 anos e no 1º domingo do mês (das 10h às 13h)
Já no Centro, uma antiga igreja foi transformada em uma imponente livraria.
Para comemorar o Dia Mundial do Livro, celebrado neste 23 de abril, selecionei alguns dos espaços literários mais interessantes de Portugal, um país apaixonado por livros e pela literatura.
1. Bertrand Chiado (Lisboa)
Reconhecida pelo “Guiness Book” como a livraria mais antiga do mundo, a Bertrand, no movimentado bairro do Chiado, foi fundada em 1732.
Em seus quase três séculos de história, o espaço conquistou o coração de nomes ilustres da literatura portuguesa. Morador das imediações, Fernando Pessoa era um dos frequentadores assíduos.
Hoje, a loja tem diferentes salas que são “apadrinhadas” por escritores lusitanos, como José Saramago, Eça de Queirós, Sophia de Mello Breyner e o próprio pessoa.
Endereço: rua Garrett 73, 1200-309 Lisboa
2. Livraria Santiago (Óbidos)
À primeira vista, o prédio centenário de fachada branca parece mais uma entre as inúmeras igrejas de Portugal. Um olhar mais atento, no entanto, revela um acervo de mais de 30 mil exemplares.
Do altar à antiga sacristia, há livros espalhados por todos os cantos desta livraria única, instalada na vila medieval de Óbidos, famosa por seu castelo.
O charme fica por conta da manutenção da estrutura original do prédio e a possibilidade de unir a literatura à centenária história da antiga igreja.
Endereço: largo de São Tiago do Castelo, 2510-057 Óbidos
3. Lello & Irmão (Porto)
Conhecido como “a livraria do Harry Potter”, este centenário estabelecimento é um dos principais pontos turísticos do Porto.
Fundada em 1906, a livraria já pertenceu aos irmãos Lello —os mesmos que publicam o dicionário Lello, famoso no Brasil. O espaço tem uma imponente escadaria vermelha em madeira e vitrais coloridos que são sua marca registrada.
A relação com o universo do bruxo mais famoso do mundo fica por conta do período que a autora da obra, J.K.Rowling, viveu na cidade.
Apaixonada por livros, Rowling visitava a Lello com alguma frequência e o ambiente imponente da livraria Lello serviu de inspiração para compor a biblioteca de Hogwarts, a escola de bruxaria da saga.
Para entrar na livraria paga-se uma taxa de 4€, que é revertida em créditos para a compra de livros.
Endereço: rua das Carmelitas 144, 4050-161 Porto
4. Confraria Vermelha – Livraria de Mulheres (Porto)
Um espaço que luta contra a histórica subrepresentação das mulheres no universo literário, seja como autoras ou como personagens.
Fundada em 2015, esta livraria no Porto é quase que inteiramente dedicada à literatura com uma pegada feminina. Quase 90% do acervo é de autoras mulheres.
O espaço também tem palestras e workshops relacionados ao tema.
Endereço: rua dos Bragas nº32, 4050-122 Porto
5. Ler Devagar (Lisboa)
Considerada em uma lista do “NYT” como uma das livrarias mais bonitas do mundo, a Ler Devagar é facilmente um dos pontos mais instagramados da cidade.
Basta adentrar o recinto para perceber a razão: além dos milhares de livros expostos em um pé direito muito alto, há uma enorme escultura de bicicleta pendendo do teto.
Para completar a atmosfera cool, um café descolado com simpática mesinhas atrai quem quer passar horas lendo um livro ou simplesmente aproveitando o ambiente (e o wifi) do lugar.
Endereço: rua Rodrigues Faria, 103, 1300-501 Lisboa
6. Fabula Urbis (Lisboa)
Uma livraria dedicada inteiramente à história de Lisboa, instalada em um dos principais bairros históricos da capital portuguesa.
Em funcionamento há mais de uma década, a Fábula Urbis é especializada na chamada olisipografia, mas vai além. São mais de 4.000 títulos sobre Lisboa e Portugal, em português e outros idiomas.
Endereço: rua Augusto Rosa, 27, Lisboa
7. The Literary Man (Óbidos)
Mistura de hotel, biblioteca e livraria, o The Literary Man é considerado o maior hotel literário do mundo.
São de mais de 40mil obras espalhadas literalmente por todos os cantos. Dos quartos aos banheiros, incluindo o restaurante, visitante está sempre cercado por livros.
No Natal, uma das atrações é a bela árvore que, colmo não poderia deixar de ser, também é feita de livros.
Endereço: rua D’ João d`Ornelas, 2510-074 Óbidos
Segundo o levantamento, 869 mil brasileiros visitaram Portugal em 2017. Uma alta de 39% em comparação a 2016, que já tinha sido um ano de alta, e teve 624 mil viajantes do nosso país.
A quantidade de turistas brasileiros foi a que mais cresceu entre todas as nacionalidades avaliadas. E olha que foram muitas: Portugal recebeu 12,6 milhões de estrangeiros, um recorde histórico
E nem as muitas horas de avião nos tiraram da liderança absoluta entre os viajantes que vêm de fora da Europa.
Colecionando uma série de prêmios na área turística —entre eles o de melhor praia da Europa e de melhor destino do ano—, Portugal tem encantado também viajantes de outras nacionalidades.
No ranking geral, países mais próximos acabam levando vantagem. Reino Unido, Alemanha, Espanha e França lideram, e o Brasil aparece em quinto lugar.
A região de praias do Algarve segue como a mais visitada, mas outras regiões também tiveram crescimento digno de nota. O destaque fica com o Centro do país que, mesmo sendo duramente afetado pelos incêndios do ano passado, conseguiu ter alta de 43%.
O setor já representa 10% do PIB do país.
Dias com Sol praticamente até as 22h, festas nas ruas, sardinha assada…
Confira a lista a baixo e entenda melhor os motivos desta paixão.
A tradição das festas juninas no Brasil, embora muita gente não saiba, chegou com os imigrantes portugueses.
De Norte a Sul do país, há arraiais repletos de barraquinhas, bandeirolas e muita animação.
Cada região tem, digamos assim, seu santo preferido. Em Lisboa, a festa mais animada é a de santo Antônio (13 de junho), padroeiro da cidade.
Já no Porto, o forte mesmo é o são João (24). Já em Évora e em Sintra, são Pedro (29) costuma ser o mais popular.
Independentemente da data, é possível achar festas espalhadas pelas cidades, especialmente nos bairros históricos.
Junho é temporada de pesca das sardinhas, que invadem restaurantes e festas, principalmente da região de Lisboa e do Vale do Tejo.
O prato é tão popular que está até na letra de um fado imortalizado por Amália Rodrigues
A iguaria foi escolhida como uma das 7 maravilhas gastronômicas de Portugal.
Uma ironia: apesar de todo mundo chamar de “sardinha assada”, elas na verdade são grelhadas.
Junho marca o início do verão do hemisfério Norte e seus dias maravilhosamente longos.
Em Lisboa e outras cidades de Portugal, há luz do Sol praticamente até as 22h.
Um convite a aproveitar os 850 km de belas praias lusitanas.
Junho também marca a largada dos grandes festivais de música, cada vez mais populares em Portugal.
Além de Lisboa e do Porto, cidades menores também começam a ter festivais para chamarem de seu.
Em 2017, o NOS Primavera Sounds inaugura a temporada no dia 8.
Em julho, agosto e setembro, a programação continua intensa.
As deliciosas frutinhas vermelhas invadem as ruas, os supermercados e os restaurantes de todo Portugal.
Por todo o país, é possível encontrar carrocinhas vendendo a fruta. Em geral, por cerca de 3€ ou 4€ o kg.
Maior produtora do país, a região do Fundão, no centro de Portugal, organiza até um festival da cereja, com diversas atrações ligadas à fruta. E muitas bebidas e comidas feitas a base dela…
Os amantes da literatura perdem o fôlego diante da Feira do Livro de Lisboa.
Em sua 87ª edição, o evento reúne milhares de livros, em stands de livrarias e editoras, em um dos cartões-postais da cidade: o parque Eduardo 7º, na capital portuguesa.
Além de uma programação cultural intensa, com shows, lançamentos de novos títulos e debates com autores, a feira do livre em geral conta com descontos atraentes.
A plantinha verde de origem indiana agrada em cheio aos mais românticos.
O manjerico é a planta “oficial” das festas e arraiais de junho, especialmente em Lisboa.
Uma antiga tradição diz que os namorados presenteiam as amadas com um vasinho com a planta, enfeitado ainda com um cravo de papel e uma bandeirinha com uma pequena poesia.
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A obra é a adaptação escrita do roteiro da peça homônima, lançada recentemente em Londres, e que dá continuidade à história da família Potter. O protagonista agora é o filho de Harry, Albus.
A escolha do Porto, e da centenária livraria Lello, não foi por acaso. J.K. Rowling, autora dos livros, viveu por quase dois anos na cidade e há várias referências a isso nos livros —algumas confirmadas por ela, outras apenas especulação de fãs e biógrafos.
No início da década de 1990, ela morou em Portugal trabalhando como professora de inglês e, nas horas vagas, dedicando-se ao manuscrito do primeiro livro da série, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”.
Embora a primeira filha de Rowling, Jessica, tenha nascido em Portugal, a autora viveu momentos dolorosos no país e não gosta de menciona-los em entrevistas. Logo após a morte se sua mãe, ela teve um casamento conturbado com um jornalista português.
1. Livraria inspira detalhes de Hogwarts
Inaugurada em 1906 com um imponente estilo neogótico, a livraria Lello é um dos principais pontos turísticos do Porto. A fama da obra do arquiteto Francisco Xavier Esteves já correu o mundo e a loja costuma figurar na maioria das listas de mais belas livraria do planeta.
A imponente escadaria do local teria inspirado a escadaria movediça de Hogwarts, a escola de magia e bruxaria em que Harry Potter e seus amigos estudaram.
Também há quem veja uma ligação forte entre a Lello e a livraria “Flourish and Blotts”, descrita no livro
2. Uniformes parecidos
As universidades portuguesas têm uma tradição bem conhecida: os trajes acadêmicos. Trata-se de um conjunto preto —com calça para os homens e saia para as mulheres— arrematado por uma longa capa, também negra.
A semelhança com a indumentária de Hogwarts não seria coincidência, mas sim uma inspiração direta do contato constante de Rowling com os estudantes da Universidade do Porto.
3. Ditador dá nome a vilão
O ditador António de Oliveira Salazar governou Portugal de 1932 a 1968. J.K. Rowling teve contato com a história portuguesa e a inseriu de uma maneira criativa nos livros. Um dos criadores da casa Sonserina —que reúne uma boa parte dos vilões da história— faz referência ao ditador.
Salazar Slytherin, um bruxo da era medieval, é descrito como astuto, mas que não gostava de se misturar com quem não tivesse “sangue puro”. Ele gostaria de manter o acesso à Hogwarts apenas para as famílias tradicionais na bruxaria.
Não é coincidência que o Salazar português tenha tido como uma das principais marcas de sua gestão a manutenção deliberada de altos níveis de analfabetismo entre a população.
4. Café chique como inspiração
O Café Majestic é um dos mais tradicionais do Porto, com direito a mesas de mármore, pianista e muitos cristais. Embora Rowling vivesse com sérias restrições orçamentárias, o biógrafo Sean Smith diz que ela gostava de frequentar o local em busca de inspiração.
5. Poema batiza livro
Mais uma teoria do biógrafo Sean Smith, que não foi confirmada pela autora.
O título do primeiro livro da série estaria relacionado a um famoso poema português “A Pedra Filosofal”, de António Gedeão.
Segundo Smith, o poema-canção era recorrente entre os universitários do Porto e muito provavelmente foi inserida no imaginário da autora.
E você, o que acha dessas ligações?
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Mais Ora Pois!
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O blog também está no Instagram: @orapoisblog. Por lá você encontra belas imagens e muitas dicas de Portugal.
]]>Astrônomos de Portugal criaram uma campanha para batizar um conjunto de planetas fora do Sistema Solar —os chamados exoplanetas— com nomes que homenageiam o país.
A iniciativa faz parte de um concurso mundial promovido pela União Astronômica Internacional para atribuir alcunhas mais charmosas a esses objetos, hoje somente conhecidos por sua complicada nomenclatura técnica.
Os cientistas portugueses querem rebatizar a estrela mu Arae, que fica a cerca de 50,6 anos-luz da Terra, e os quatro planetas que a orbitam.
O sol passaria a se chamar Lusitânia, primeira designação do território que hoje é Portugal. Já o primeiro planeta que foi descoberto no sistema seria Caravela, embarcação que é símbolo das grandes navegações.
O segundo, que tem massa equivalente a 10,6 vezes a da Terra, seria o Adamastor: uma referência ao mito do monstro marinho gigante que impedia os navegadores de cruzarem o antigo Cabo das Tormentas, hoje Cabo da Boa Esperança (África do Sul).
O nome do terceiro planeta, Esperança, tem dois significados, conforme os cientistas.
“Expressa tanto o sentimento dos portugueses durante a era dos descobrimentos quanto o novo nome dado ao antigo Cabo das Tormentas depois que o explorador português Bartolomeu Dias finalmente o cruzou, derrotando Adamastor”.
O maior e mais distante planeta do sistema, com massa de 576,5 Terras, chamaria-se Saudade, em referência ao sentimento em si e à ligação que a saudade tem com o fado, “um gênero de musica típico de Portugal, recentemente escolhido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco”, diz o texto.
PLANETAS HABITÁVEIS
O conjunto escolhido pelos portugueses é cientificamente bem interessante e guarda similaridades com o nosso próprio Sistema Solar. Além das órbitas parecidas com as de Mercúrio, Terra, Marte e Júpiter, dois dos planetas estão na chamada zona habitável. Ou seja: com possibilidade de água líquida e do desenvolvimento de vida.
O astrônomo Nuno Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Universidade do Porto, teve um papel fundamental na caracterização do sistema. Para homenageá-lo, o Planetário do Porto apresentou a candidatura para batizar os novos planetas.
A votação, que comemora os 20 anos da descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar, está aberta até o dia 31 de outubro e há outros concorrentes fortes.
Um grupo espanhol tenta batizar os mesmos planetas com referências ao escritor Miguel de Cervantes. A estrela levaria o nome do autor e, os planetas, o dos protagonistas de sua obra mais conhecida: Quixote, Dulcinea, Rocinante e Sancho. Além deles, japoneses, colombianos e outros grupos também estão no páreo.
No site da campanha, os cientistas portugueses dão mais detalhes do projeto.
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Você acha que Portugal tem chances de ganhar essa? Pelo que eu vi, os demais concorrentes também são fortes e o desfecho ainda está imprevisível.
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Espero vocês por lá.
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