Castanhas assadas perfumam as ruas de Portugal

Giuliana Miranda

Basta o outono começar a aparecer, com temperaturas mais amenas e as primeiras folhas secas no chão, para as ruas de Portugal serem tomadas por uma tradição: as castanhas assadas.

Vendedor de castanha em Vila Nova de Gaia, norte do país Crédito:  NoirKitsuné/CC
Vendedor de castanha em Vila Nova de Gaia, norte do país Crédito: NoirKitsuné/CC

As castanhas portuguesas (por motivos óbvios elas aqui são chamadas só de castanhas) são assadas na hora, em plena rua mesmo, e vendidas em cones de papel, em geral em grupos de seis ou 12.

A fumaça dos assadores de castanha espalha um cheiro um tanto adocicado que perfuma as ruas portuguesas nesta época do ano.

Esse cheiro é tão característico que foi parar até em um fado, imortalizado por Amália Rodrigues (1920-1999). Na música, a grande diva do gênero diz que Lisboa “cheira a castanha assada se está frio” e “cheira a fruta madura quando é verão”.

A maior parte das castanhas do país vem da região de Trás-os-Montes e da Beira Interior e tem um papel de destaque na renda dos agricultores. No passado, as castanhas —ricas em amido— chegaram a ocupar um lugar importante na alimentação dos portugueses.

Agora, elas permanecem como uma tradição dos dias frios e fazem a festa dos turistas.

Nesta época do ano, aqui em Lisboa, por toda cidade se vê estrangeiros provando a iguaria.

Por via das dúvidas, alguns vendedores fazem questão de avisar: é preciso tirar a casca antes de comer.

Vendedor de castanhas na baixa de Lisboa Vrédito: Giuliana Miranda
Vendedor de castanhas na baixa de Lisboa Crédito: Giuliana Miranda

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