Vírus zika já preocupa autoridades em Portugal
O aumento nos casos do vírus zika no Brasil e as evidências cada vez mais fortes de sua relação com a microcefalia já provocaram um alerta em Portugal. Até agora, o país já registrou quatro casos confirmados da doença: todos em viajantes recém-chegados do Brasil.
A Direção-Geral de Saúde —órgão do Ministério da Saúde que faz a vigilância epidemiológica nacional —emitiu um comunicado aconselhando que as mulheres grávidas que tenham viajado para algum dos países afetados pela epidemia de zika procurem um médico após o retorno.
Além disso, o órgão alerta à população em geral: quem viajou para um dos países afetados e notou até 12 dias depois do regresso algum dos sintomas da doença —febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares— deve entrar em contato com um telefone das autoridades de saúde.
A Direção-Geral de Saúde também recomenda aos portugueses o uso de repelente e até de mosquiteiros no caso de irem a um dos países afetados. Além do Brasil, o comunicado também menciona Cabo Verde, Colômbia, El Salvador, Fiji, Guatemala, México, Nova Caledônia, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Samoa, Ilhas Salomão, Suriname, Vanuatu, Venezuela, Martinica, Guiana Francesa e Honduras
Na internet, a busca dos portugueses por informações sobre a doença aumentou expressivamente na última semana. Segundo a plataforma “Google Trends”, houve um aumento também na pesquisa pelos sintomas da doença e pelo mosquito transmissor.
A região mais “preocupada” —que lidera as buscas— é a região autônoma da Madeira.
Embora o risco de uma epidemia seja potencialmente baixo em Portugal continental, o arquipélago da Madeira, terra natal do jogador Cristiano Ronaldo, é uma região potencialmente mais vulnerável.
Na região, que já registrou um surto de dengue em 2012, já está confirmada a presença do mosquito transmissor, o Aedes aegypt.
MOSQUITO PELO CORREIO
As autoridades sanitárias de Portugal têm um sistema bastante organizado de monitoramento do mosquito. O objetivo é identificar os mosquitos transmissores de doenças o quanto antes, o que aumenta as chances de sucesso no combate a esses vetores.
Uma programa paralelo de vigilância, realizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical e pela Universidade Nova de Lisboa, é o chamado Mosquito Web. O site ensina a reconhecer um mosquito e incentiva a população a capturar e a enviar insetos pelo correio no caso de encontrar algum desses “suspeitos”.
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