Lisboa vira ‘Meca’ da tecnologia com evento com mais de 7 mil figurões da internet
O que o primeiro-ministro de Portugal, o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, os diretores do Google e o cantor Bono Vox têm em comum? Eles e outras 50 mil pessoas de mais de 150 países estão em Lisboa para o maior evento sobre internet do mundo, o Web Summit, que acontece até o fim de semana na capital portuguesa.
Além de reunir uma enxurrada de amantes da tecnologia dispostos a pagar até até €3.000 (cerca de R$ 10.800) pelos ingressos, já esgotados desde o início da semana, o Web Summit atrai mesmo pela possibilidade de negócios. São 7 mil CEOs — mais uns tantos outros figurões de empresas tão distintas como Facebook, Coca-Cola, Tinder e Volkswagen — oferecendo e também buscando investimentos.
Nesta quarta, para celebrar a importância do encontro para o mundo tecnológico, a abertura do pregão da Nasdaq —pregão das empresas de tecnologia de Nova York— abriu seu dia ao vivo, transmitindo a partir de Lisboa direto para um telão na Times Square.
Além dos eventos oficiais, a organização tem uma abordagem mais descontraída para ajudar os empreendedores —muitos na faixa dos 20 e poucos anos— a fazerem networking. Quando as atividades na área de convenção se encerram, tem início o chamado “Night Summit”, em que start-ups, CEOs, jornalistas e o público da cidade interagem em visitas a bares e restaurantes do animado centro histórico de Lisboa.
JOGADORES SÃO DESTAQUE
A veia tecnológica e o potencial empresarial dos esportes —sobretudo do futebol— foi o destaque do primeiro dia, em que Ronaldinho Gaúcho e o português Luís Figo apresentaram seus dois novos negócios digitais para uma plateia animada.
Ronaldinho Gaúcho lançou há pouco tempo o seu Zoome TV, uma plataforma de vídeos online e conteúdo customizável. Já o Figo falou de seu aplicativo, o Dream Factory, que ajuda jovens aspirantes a jogadores de futebol a mostrarem seu talento para olheiros de clubes de vários lugares do mundo.
APOSTA PORUGUESA
Realizado até o ano passado em Dublin, na Irlanda, o Web Summit se mudou para Lisboa após uma disputa acirrada da cidade com polos tradicionais de tecnologia europeus: Berlim e Amsterdã. Cansado da falta de infraestrutura da capital irlandesa, Paddy Crosgrave decidiu buscar um lugar que reunisse boa internet, atividades culturais, um centro de convenções robusto e ainda uma rede hoteleira que desse conta dos 50 mil participantes.
O governo português percebeu o potencial do encontro e decidiu investir pesado para trazer o evento para cá. O empenho político —e do povo português— aliado a uma das melhores conexões de internet rápida da Europa, garantiram a vitória lisboeta.
Sabendo do potencial de negócios, as empresas portuguesas, em parceria com o governo, criaram uma espécie de “cursinho” para ensinar aos novos investidores os segredos para um “pitch” (jargão para a apresentação das propostas para investidores) eficiente.
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