Sete dicas para economizar na viagem a Portugal
Entre os países da União Europeia, Portugal ainda é um dos mais baratos para passear. Mesmo assim, com o aumento vertiginoso do turismo no país, os preços andam cada vez mais altos na terra de Camões.
Segundo o Banco de Portugal, os turistas gastam 41,5 milhões de euros diariamente no país, entre viagens, hotéis e compras.
Por isso, seleciono aqui sete dicas para ajudar meus ilustres leitores que quiserem poupar um pouquinho quando estiverem de passagem por terras lusas.
1. Comer na varanda às vezes é mais caro
Uma prática comum em Portugal —e de muitos países da Europa— é o preço diferenciado para um mesmo produto em um café ou restaurante.
Consumir algo em uma mesinha nas simpáticas esplanadas e varandas portuguesas pode sair bem mais caro do que pedir rigorosamente a mesma coisa, mas do lado interno do restaurante.
Um exemplo prático: em um dos principais cafés do Príncipe Real, bairro nobre de Lisboa, um expresso custa 0,70€ (cerca de R$ 2,80) do lado de dentro e quase o dobro, 1,30€ (R$ 5,27) na parte externa.
2. Compre as passagens internas com antecedência
O trem —chamado por aqui de comboio— é um jeito rápido e eficiente de percorrer o país, mas está longe de ser o mais barato.
Quem compra as passagens com antecedência, porém, acaba conseguindo descontos atraentes. Para quem reserva com pelo menos 5 dias de antecedência, os descontos chegam a 56%.
Com oito dias ou mais, podem chegar aos 65%. A regra é, basicamente: quanto mais cedo você compra, menos você paga.
Com esse planejamento, uma passagem no trem rápido (Alfa) entre Lisboa e Porto pode passar dos 30€ habituais para 10€.
No site dos Comboios de Portugal é possível comprar bilhetes com antecedência de até 60 dias.
3. Descontos para turistas
Assumir com orgulho a condição de turista, por incrível que pareça, pode ser um bom negócio.
Há várias lojas que oferecem promoções, bônus ou descontos para estrangeiros.
No El Corte Inglés —megaloja de departamento presente em Lisboa e no Porto, que vende marcas como Chanel, Calvin Klein e outras—, basta apresentar o passaporte estrangeiro para garantir um cartão que devolve 10% do valor gasto nas compras.
Hotéis também costumam ter descontos em lojas e atrações para seus hóspedes. Vale a pena perguntar na recepção.
4. Peça reembolso dos impostos
Países da União Europeia também oferecem o reembolso de parte dos impostos das comprar para estrangeiros não residentes no continente.
As lojas que dão o benefício são sempre marcadas com o selo “tax free”. Em Portugal, a compra mínima para começar a usufruir do reembolso é de 61,35€ (cerca de R$ 248,76).
Importante: é preciso pedir o formulário na hora da compra, guardar a nota fiscal e ainda passar no balcão da alfândega antes do embarque, onde será preciso mostrar ao inspetor o item comprado. Isso significa chegar cedo ao aeroporto no dia da viagem de volta para casa.
5. Seguro saúde do governo
Nas viagens para a Europa, os turistas brasileiros precisam necessariamente ter um seguro saúde para o período da estadia.
Há várias empresas que oferecem o serviço, mas é possível obtê-lo de gratuitamente graças a um convênio celebrado entre Portugal e Brasil.
É só pedir no Ministério da Saúde o CDAM (Certificado de Direito à Assistência Técnica), popularmente conhecido como PB-4. Ele é emitido de graça e tem validade de um ano a partir da data de assinatura.
Embora a lista oficial de documentos exigidos seja teoricamente bem definida (RG, CPF, passaporte e comprovante de residência no Brasil), vale perguntar. Já vi casos em que cidades pedem alguns dados adicionais.
Em São Paulo, o posto fica n Av. 9 de Julho, 611, 2º andar, sala 202. A lista completa com os endereços e telefones e está no site do Ministério da Saúde.
Mas atenção: o seguro é válido apenas para Portugal. Ou seja: quem vai viajar para outros países europeus deve providenciar um seguro adicional para eles.
O Brasil também tem um convênio com o governo da Itália, sendo possível pedir um PB-4 para viagens ao país. A lista de documentos, no entanto, é um pouco diferente.
6. Água da torneira
Bares, restaurantes e cafés são obrigados por lei a fornecer água potável gratuitamente, o que já garante uma ótima economia.
Nos hotéis, também não é preciso passar sede e nem inflacionados do frigobar: a água da torneira é potável (a maioria dos portugueses bebe dela mesmo), e todos têm copos disponíveis para que você possa aproveitá-la.
Recentemente, a EPAL, companhia de abastecimento de água do país, lançou uma campanha
7. Descontos por idade e profissão
Muitos museus têm entrada gratuita ou descontos para crianças, jovens e maiores de 65 anos. Vale conferir o site (ou perguntar na bilheteria mesmo).
Algumas profissões, como professores e jornalistas, devidamente munidos de documentos que atestem as suas credenciais, também gozam de condições especiais em várias atrações.