Portugal celebra 46 anos do fim da ditadura como 7ª melhor democracia do mundo

Portugal completa, neste sábado (25), 46 anos desde a Revolução dos Cravos, movimento pacífico que encerrou mais de quatro décadas de ditadura no país. Devido à pandemia do novo coronavírus, pela primeira vez os lusitanos não celebrarão nas ruas o fim do estado de exceção, havendo apenas uma sessão especial (e com lotação bastante limitada) no Parlamento.

Apesar da ausência da tradicional festa popular e do grande desfile na av. da Liberdade, em Lisboa, Portugal chega ao aniversário da revolução conquistando bons resultados nos indicadores de saúde de sua vida política.

Portugal subiu três posições acaba de ser declarado como a 7ª melhor democracia do mundo pelo ranking do V-DEM Institut, um dos mais importantes do mundo. Com isso, os lusitanos têm o melhor resultado entre os países do Sul da Europa, ficando atrás, no levantamento, apenas de  Dinamarca, Estônia, Suécia, Suíça, Noruega e Bélgica.

Nesta semana, o país conquistou mais um bom resultado, desta vez no ranking de liberdade de imprensa da organização Repórteres sem Fronteiras. Portugal subiu duas posições e agora é o 10º país onde os jornalistas têm mais liberdade para trabalhar.

A título de comparação: o Brasil tem caído nesses mesmos levantamentos nos últimos anos. Atualmente, ocupamos a posição 60 entre as democracias do mundo (queda de 7 lugares em relação a 2019). Em 2020, o Brasil ocupa a 102ª posição entre os 180 países no ranking de liberdade de imprensa da RSF (dois lugares abaixo do ano anterior).

Apesar dos bons resultados, Portugal ainda enfrenta dificuldades como a elevada precariedade laboral entre seus trabalhadores e os baixos salários, entre os mais reduzidos da Europa ocidental. Com mais de 15% do PIB (Produto Interno Bruto) ligado ao setor do turismo, profundamente afetado pela pandemia, o país deve esperar dificuldades econômicas adicionais em breve.

Mesmo assim, neste 46º aniversário do fim da ditadura, o país tem muito o que comemorar.