Com distanciamento e limites de ocupação, Portugal reabre suas praias
Com seu plano de desconfinamento avançando conforme o previsto, Portugal decidiu reabrir suas famosas praias, mas com regras de distanciamento e limite à quantidade de banhistas.
Na terça (27), a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou a lotação máxima de algumas das principais praias do país (incluindo as da região de Lisboa e do Algarve), o que já permite que os portugueses comecem a se organizar para a temporada de verão.
Os critérios foram definidos conforme o tamanho e as características das praias e podem variar ao longo do dia, em caso de maré alta ou baixa.
Por conta disso, há desde praias com capacidade para milhares de pessoas, enquanto outras estão limitadas a poucas dezenas de ocupantes.
Point de muitos jovens da região de Lisboa devido à facilidade de acesso, a praia de Carcavelos, em Oeiras, terá capacidade para 12,1 mil pessoas. Famosa pelas ondas gigantes, Nazaré, no Oeste português, pode receber o maior número de visitantes no país: 17,1 mil.
No outro extremo, a praia da Marinha, em Lagoas, no Sul de Portugal, é a com menor capacidade definida: de 15 a 20 pessoas, conforme o estado da Maré.
INFORMAÇÕES E FISCALIZAÇÃO
A ocupação das praias será sinalizada aos banhistas usando uma espécie de semáforo. Sinal verde significa ocupação baixa, de até um terço do permitido. O sinal amarelo indica ocupação elevada, com até dois terços da capacidade. O vermelho indica que a praia já chegou ao limite estabelecido de banhistas.
A definição sobre quem irá monitorar e, principalmente, fiscalizar, tem provocado discussões entre os responsáveis, que apontam dificuldades inerentes a esse tipo inédito de controle.
Ficou estabelecido que, nas praias maiores, a sinalização é de responsabilidade das concessionárias. Nas não concessionadas, normalmente praias menores e mais afastadas, a responsabilidade é das autarquias locais.
O governo determina “a distância física de segurança de um metro e meio” entre os banhistas que não estejam no mesmo grupo.
Também há regras de distância entre as barracas de praia, que deve ser de no mínimo “3 metros, contados a partir do limite exterior” do guarda-sol.
As empresas que gerem as praias, bem como os proprietários de bares e restaurantes, devem garantir a higienização e desinfecção frequente dos espaços de uso comum.
Como forma de controlar melhor a ocupação, serão reforçados os limites aos estacionamento no entorno das praias.
Para ajudar os cidadãos a organizarem o banho de mar, o governo lançou um aplicativo para celular, o InfoPraia, que trará informação atualizada sobre a ocupação das praias portuguesas.
A época balnear lusitana começa oficialmente em 6 de junho, quando as regras começam a valer. Há pouco mais de uma semana, porém, uma decisão do Conselho de Ministros já liberou o acesso às praias.
No primeiro fim de semana após a liberação, os portugueses correram para as praia.
Ao anunciar a liberação das praias, o primeiro-ministro, António Costa, chamou a atenção para o dever de responsabilidade e destacou que “ase houver abusos”, elas poderão voltar a ser interditadas.
“Cada um tem o dever cívico de se proteger e de proteger os outros”, disse o premiê socialista.
Com quase um mês de reabertura, Portugal segue controlando a quantidade de contaminações pelo SARS-CoV-2 no país.
Até a última terça (27), o país contabilizava 31.292 casos confirmados e 1.356 óbitos.