Marcelo, o midiático presidente de Portugal, anuncia candidatura à reeleição
Famoso pela proximidade (e pelas muitas selfies) com a população, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que será candidato à reeleição no próximo pleito, marcado para 24 de janeiro.
Bem avaliado pelos portugueses, com a popularidade acima dos 70% durante a maior parte do mandato de 5 anos, Rebelo de Sousa lidera com folga as pesquisas de intenção de voto e parece se encaminhar para garantir a vitória já no primeiro turno.
Em um discurso curto, na tarde desta segunda-feira (7), ele declarou publicamente sua intenção de permanecer no Palácio de Belém.
“Sou candidato à Presidência da República porque temos uma pandemia a enfrentar, uma crise econômica para vencer e uma oportunidade única para mudar Portugal para melhor. Na economia, mas sobretudo no nosso dia a dia, reforçando a nossa coesão social e territorial, combatendo a pobreza, promovendo o nosso crescimento e o emprego”, justificou.
Apesar de ter construído sua carreira política no principal partido da centro-direita portuguesa, o PSD (Partido Social-Democrata), que chegou a liderar, Marcelo Rebelo de Sousa concorrerá nestas eleições, mais uma vez, como independente.
Em Portugal, ao contrário do Brasil, os candidatos podem concorrer nas eleições presidenciais sem estarem vinculados a um partido. Para isso, basta que reúnam as condições legais exigidas pelo cargo –possuir cidadania portuguesa de origem (não pode ser naturalizado), ser eleitor e ter mais de 35 anos– e que apresentem pelo menos 7,5 mil assinaturas válidas em apoio à candidatura.
PROXIMIDADE
Desde que assumiu a Presidência da República, há quase 5 anos, Marcelo Rebelo de Sousa adotou um tom de proximidade e contato com a população pouco comum em outros políticos lusos.
Um exemplo disso é o fato de ele ser tratado, inclusive pela imprensa, apenas pelo primeiro nome: Marcelo. O habitual, em Portugal, é que políticos sejam tratados pelo sobrenome.
A desenvoltura do chefe de Estado, e a aparente intimidade de muitos portugueses com ele, é antiga. Durante mais de 30 anos, Marcelo Rebelo de Sousa, que é professor de direito e também foi jornalista, teve uma coluna de opinião em horário nobre na televisão aberta.
As muitas viagens, as aparições prolongadas em eventos e as muitas declarações sobre temas da atualidade política são algumas das críticas a ele dirigidas, que o acusam de uma espécie de novo populismo.
Nadador experiente, ele costuma dar um mergulho todas as manhãs, mesmo no inverno. Neste momento, é comum tirar fotos com os banhistas.