Governo põe Lisboa em alerta devido a aumento de casos de Covid-19

Devido ao aumento no número de casos de Covid-19  nas duas últimas semanas, o governo de Portugal incluiu Lisboa na lista de cidades em “estado de alerta”. Isto significa que, se a situação não melhorar na próxima avaliação, a capital pode ter de recuar no desconfinamento.

“A região de Lisboa e Vale do Tejo tem e continua com níveis de incidência crescentes, e esses níveis de incidência são motivo de preocupação”, afirmou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Apesar disso, a ministra afirmou que o nível de crescimento dos casos em Lisboa já está mais lento do que na semana passada.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27), após a reunião semanal do Conselho de Ministro que avalia a situação do país. Além de Lisboa, outras seis cidades também estão sob alerta: Tavira, Vila do Bispo, Vila Nova de Paiva, Chamusca, Lisboa, Salvaterra de Magos e Vale de Cambra.

Atualmente, a taxa de transmissão do vírus (Rt) em Lisboa está em 1,14, o que é motivo de preocupação entre as autoridades.

A incidência de novos casos na capital, nos últimos 14 dias, foi de 143 casos por 100 mil habitantes: mais do que o dobro do valor nacional de 54,4 casos por 100 mil habitantes.

Em termos nacionais, o Rt está em 1,07.

Embora haja mais novos casos, o número de mortes, por enquanto, não acompanha a tendência. Nesta quinta-feira, o país não registrou nenhuma morte pelo novo coronavírus. Na semana passada, houve dois dias consecutivos sem óbitos.

Em declarações à imprensa na última terça-feira (25), o diretor de serviços de informação e análise da Direção-Geral da Saúde,  André Peralta Santos, afirmou que, se a situação não for controlada, a região de Lisboa poderia atingir os 240 casos por 100 mil habitantes daqui a duas ou três semanas.

Por conta disso, foram anunciadas medidas adicionais para Lisboa, com destaque para o aumento do número de testes, especialmente em estabelecimentos de ensino e empresas, além da aceleração da aplicação de vacinas.

Nesta semana, o governo também confirmou a antecipação do calendário de vacinas. Com o recebimento de mais doses, o plano de imunização português passará a vacinar, simultaneamente, várias faixas etárias.

Atualmente, quem tem 50 anos ou mais já pode agendar a vacinação. No começo de junho, a possibilidade será estendida a pessoas a partir dos 40 anos e, a partir do dia 20, para quem tem 30 anos ou mais.