Imigrantes foram decisivos para população de Portugal não encolher em 2020
Apesar do aumento da mortalidade e da diminuição da natalidade, Portugal acabou 2020 com um leve crescimento populacional (0,02%). O incremento do número de estrangeiros residentes foi fundamental para o resultado positivo. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pelo INE (Instituto Nacional de Estatística).
Os novos 67.160 imigrantes compensaram o saldo natural negativo (diferença entre número de nascidos-vivos e de óbitos), que ficou em -38.931, e a emigração, com a saída de de 25.886 pessoas para outros países.
Pelo quarto ano consecutivo, houve mais estrangeiros imigrando para Portugal do que portugueses deixando o país, embora tenha havido uma redução de 0,40% no saldo migratório em relação a 2019.
“Apesar das limitações impostas para combate à pandemia da doença Covid-19 em 2020, os movimentos migratórios internacionais registaram alguma dinâmica”, diz o INE.
A população residente em Portugal no ano passado foi estimada 10.298.252 pessoas, sendo 5.439.503 mulheres e 4.858.749 homens.
Em consequência da redução da natalidade, o número de filhos por mulher em idade fértil caiu para 1,40 em 2020. No ano anterior, era de 1,42.
O envelhecimento demográfico também se acentuou.
O chamado índice de envelhecimento, que compara a população idosa (com 65 anos ou mais) com a população jovem (até os 14 anos), ficou em 167 idosos por cada 100 jovens. Em 2019, eram 163,2 idosos para cada 100 jovens.
A idade mediana da população residente também cresceu, passando de 45,5 anos em 2019 para 45,8 anos em 2020.
Em comparação com o restante da União Europeia –os dados mais recentes comparáveis são de 2019–, Portugal tem a terceira idade mediana mais elevada do bloco.