Portugal pondera reabrir discotecas como incentivo à vacinação de jovens

Fechadas desde março de 2020, ainda no começo da pandemia, as discotecas de Portugal podem estar próximas da reabertura. O governo pondera liberar os estabelecimentos de diversão noturna como forma de incentivar a vacinação dos mais jovens.

Responsável pela coordenação da resposta à pandemia na região de Lisboa, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que “já começa a ser altura de podermos pensar abertamente” na reabertura do setor, parado há mais de um ano.

“Tendo a achar que o momento [de reabertura das discotecas e bares] deveria coincidir com o momento em que a vacinação está disponível para os maiores de 18 anos: introduziríamos essa medida porque os jovens iriam atrás da vacina para terem uma vida social mais liberta. Era um incentivo que acho que faria todo o sentido”, afirmou, em entrevista ao jornal Público e à rádio Renascença.

Há duas semanas, Portugal decidiu condicionar a entrada nas áreas internas dos restaurantes – e também os check-ins em hotéis e outros alojamentos turísticos– à vacinação completa ou à apresentação de um teste negativo para a Covid-19 recente.

No caso dos restaurantes, a medida por enquanto é válida apenas aos fins de semana, nas cidades que apresentam número elevado de casos. Atualmente, a lista inclui Lisboa, Porto e vários dos principais destinos turísticos do país.

Para os alojamentos turísticos, a obrigatoriedade vigora, todos os dias, em Portugal inteiro.

Duarte Cordeiro, no entanto, não deu nenhum prazo para a retomada da vida noturna. Ele afirmou que este é um movimento que “tem de ser absolutamente consensual”, podendo vir a acontecer somente “à medida que vamos atingindo objetivos concretos na vacinação”.

Após meses com a pandemia sob controle, Portugal vive uma quarta onda de infecções, puxada pela disseminação da variante delta, que já é responsável por 95% dos casos no país.

Até esta terça-feira (20), 64,37% da população do país recebeu ao menos uma dose da vacina, e 46,4% têm a imunização completa.